O Senado da Itália reuniu-se e aprovou, nesta quarta-feira, o prolongamento da missão militar no Iraque. A maioria ligada ao governo do premiê, Silvio Berlusconi, votou a favor da manutenção das tropas (com 141 votos), enquanto a oposição de centro-esquerda, liderada por Romano Prodi, votou contra (com 112).

"A missão no Iraque prossegue", afirmou Berlusconi. "Abandonar o Iraque agora seria trair as esperanças de democracia dos iraquianos", argumentou. Na reunião, contudo, foi aprovado o financiamento das tropas no Iraque só até o dia 30 de junho.

O dirigente italiano evitou se pronunciar sobre o voto do Senado, e se limitou a declarar que o vídeo transmitido pela televisão "confirma, como acreditávamos, que a jornalista está viva".

A reunião foi realizada no momento em que o mundo assistia a um apelo desesperado da jornalista do "Il Manifesto", Giuliana Sgrena, seqüestrada há 12 dias no Iraque. A italiana pediu, em um vídeo gravado no cativeiro, a retirada das tropas italianas alegando que tal ação vai salvar a sua vida.

Giuliana Sgrena, 56 anos, foi seqüestrada em 4 de fevereiro, em Bagdá.