Parte do secretariado da Prefeitura de Santo André foi neste domingo ao Cemitério da Saudade, na Vila Assunção, prestar uma homenagem póstuma ao prefeito assassinado Celso Daniel (PT). O presidente nacional do PT, deputado federal José Dirceu (SP), o prefeito João Avamileno (PT), deputados e vereadores petistas também participaram do ato. Eles levaram uma coroa de flores e rezaram no túmulo de Celso.

Também estavam presentes à cerimônia o presidente da Câmara Municipal, vereador Carlinhos Augusto (PT), e o deputado federal Luiz Carlos da Silva, o Professor Luizinho (PT), de Santo André.

Avamileno falou em nome de todos, como se o prefeito assassinado estivesse presente. Ele reafirmou o compromisso com os ideais de Celso. “Hoje (ontem) completa sete dias de sua ausência e fazemos desta homenagem um compromisso com seus ideais pela justiça e pela qualidade de vida”, afirmou emocionado.

O prefeito disse ainda que a equipe de governo vai trabalhar para saber quem são os assassinos de Celso. “Vamos continuar a sua luta. Vamos incansavelmente exigir justiça”, afirmou. Ao final das palavras de Avamileno, todos bateram palmas e rezaram.

Depois da homenagem no cemitério, todos os políticos seguiram para o Estádio Bruno José Daniel, onde foi realizado o ato ecumênico em homenagem ao prefeito assassinado (leia matéria nesta edição).

Dois homens da Guarda Civil Municipal de Santo André fazem a segurança 24 horas por dia no túmulo do prefeito Celso Daniel. A segurança foi reforçada para evitar vandalismo no local.

Investigações – Durante a cerimônia no cemitério, os petistas comentavam entre si a repercussão do assassinato na mídia. Eles questionavam a forma com que a imprensa relata o caso e as investigações feitas pelas polícias Civil, Militar e Federal.

Para o presidente nacional da legenda, as investigações de possíveis irregularidades na Prefeitura de Santo André não podem ser mais importantes do que descobrir quem são os assassinos do Celso. “Em vez de apurar a morte do prefeito, a polícia investiga os contratos da administração. Esta é outra história e não tem nada em comum com o assassinato”, afirmou Dirceu.

O deputado admitiu que a união das polícias na apuração do caso é importante e pode ajudar, mas criticou a forma com que o trabalho é feito. “Há uma linha política na investigação e agora não é hora para isto. Queremos que respeitem o nome do Celso”, disse.

O secretário de Serviços Municipais, Klinger Luiz de Oliveira Sousa, não quis comentar as investigações. Já o secretário de Governo, Mário Maurici, disse que a administração revê os contratos para divulgar, na terça-feira, a situação de cada um.