O time de vôlei masculino do Industrial de Mauá acerta os últimos ponteiros para os Jogos Abertos do Interior, com abertura no dia 12 deste mês, em São Bernardo. Depois de conquistar o segundo título dos Jogos Escolares do Estado de São Paulo (Jeesp), no final de agosto, o técnico Osvaldo Begliomini acredita que a equipe está preparada para defender a cidade nos Abertos. Após a competição, o time brigará pelo bicampeonato da Olimpíada Colegial (antigo Jogos Escolares Brasileiros) de 7 a 15 de outubro, em Brasília (DF).

Os meninos, que também estiveram presentes nos Jogos Regionais de Caieiras, em julho, não fizeram feio e ficaram com a prata da categoria sub-21. O ouro ficou com o time de São Caetano. “Apesar de ter disputado esta categoria, a média de idade dos meus jogadores é de 17 anos. Mais baixa que a do adversário”, explicou.

Além de comandar a equipe, Begliomini é idealizador do Projeto Voleibol, que conta com 90 atletas divididos em seis categorias. A meta do projeto é criar uma equipe adulta em 2009, que irá disputar o Campeonato Paulista de vôlei Masculino da 1ª divisão, acesso à elite do Estadual.

Apesar do grupo ter conquistado tantos triunfos, o treinador não tem medo de perder seu elenco para grandes clubes, como o Banespa ou o Pinheiros. Para segurar os talentos, Begliomini se apoiou nas parcerias. "Os meninos recebem bolsa de estudo, têm oportunidade de estudar em uma escola de idiomas e ainda têm treinamento físico gratuito", disse. O último parceiro a entrar no grupo foi o Hotel Capriccio, que cedeu instalações para cinco atletas que foram selecionados por Begliomini no início do ano.

Mas o esquema não pára por aí. Beglimoni quer aumentar o número de patrocinadores e, em breve, os atletas poderão cursar uma faculdade. Aqueles que optarem por cursar Educação Física, poderão auxiliá-lo no treinamento com os iniciantes. “Sempre deixei claro que comigo só treina se estudar. Este projeto não é apenas para formar um time. Tem um objetivo social, que é formar um bom cidadão”, explicou Begliomini.

Entre os 90 atletas que fazem parte do projeto, somente 5% não mora na cidade. “Privilegiamos os garotos que moram em Mauá. Enviamos cartas aos professores de Educação Física, que nos indicam quem tem condições de entrar no projeto. Mas alguns jogadores de outros municípios participaram da peneira e entraram no nosso esquema”, explicou o treinador.