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‘Briga’ salarial já afeta atendimento bancário
Priscila Dal Poggetto
Do Diário do Grande ABC
20/09/2006 | 22:33
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A briga entre a Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) e o Comando Nacional dos Bancários continua e, mais uma vez, os clientes dos bancos são afetados pela ausência de acordo. Quarta-feira, cerca de 8 mil bancários de 28 agências e prédios administrativos da capital paulista voltaram a cruzar os braços em manifestação contra a falta de propostas.

A atividade, organizada pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região em conjunto com o Sindicato dos Bancários do ABC, atingiu 90% das unidades da região das ruas Boa Vista, São Bento e 15 de Novembro, na região central da cidade.

Para o dia 25, já está marcada uma assembléia em São Paulo, de acordo com os parâmetros da lei de greve, e no dia 26 haverá paralisação geral da categoria. Os bancários reivindicam aumento real de salários de 7,05%, além da reposição da inflação, PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) de 5% do lucro líquido, mais um salário bruto acrescido de R$ 1,5 mil, e 14º salário.

Após seis dias de greve em outubro de 2005, a categoria recebeu reajuste de 6% (1% de aumento real), mais acréscimo de R$ 1,7 mil de abono e PLR mínima de 80% do salário mais R$ 800.

“Nossa data-base foi 1º de setembro. Os bancários tentam o caminho da negociação desde o dia 10 de agosto, mas os banqueiros não apresentaram nenhuma proposta às nossas cláusulas econômicas. Eles praticamente empurraram os trabalhadores à greve”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, Luiz Cláudio Marcolino.

Além das cláusulas econômicas, os trabalhadores querem o fim do assédio moral e das metas abusivas, a isonomia de direitos entre trabalhadores aposentados, afastados e de bancos que sofreram fusões, a manutenção do emprego e a redução dos juros e das tarifas.

Fenaban – Na quinta rodada de negociações, realizada terça-feira, a Fenaban informou que desenvolveria uma proposta sem reajuste salarial. Os bancos argumentam que os ajustes não serão semelhantes aos de 2005 porque a inflação de 2006 é menor.

“Eles querem rebaixar salários, mas reduzir juros ou cobrança de tarifas nem passa pela cabeça deles", protesta o presidente do sindicato.




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