O ex-chanceler alemão, Helmut Kohl, depôs nesta quarta-feira em Augsburgo (sudoeste) como testemunha no processo por corrupção contra o subsecretário de Defesa, Ludwig-Holger Pfahls, e afirmou que este não teve qualquer influência na polêmica exportação de carros blindados à Arábia Saudita em 1991.

Kohl disse que ele mesmo havia autorizado a venda dos tanques Leopard à Arábia Saudita, confirmando um ano antes esta operação ao então secretário de Estado americano, James Baker.

A Promotoria acusa Pfahls de ter aceito suborno e de fraude fiscal em relação à operação realizada em 1991.

Segundo o ministério público, o então subsecretário aceitou uma propina de cerca de dois milhões de euros (US$ 2,44 milhões) do traficante de armas alemão Karlheinz Schreiber, que está foragido da justiça alemã.

Pfahls admitiu ter recebido subornos por vários milhões de euros, mas negou a acusação de venalidade formulada pela Promotoria.