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Recuperação econômica é lenta por crise de 2002, diz Palocci
04/09/2003 | 23:21
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O ministro da Fazenda, Antônio Palocci, justificou esta quinta-feira a lentidão da retomada da atividade econômica recorrendo ao tamanho da crise enfrentada pelo país no ano passado. Comentando a perspectiva de que o PIB (Produto Interno Bruto) deve crescer apenas 0,5% este ano, um terço do previsto anteriormente – como anunciou o Ipea –, Palocci disse que "também tivemos em 2002 a pior crise dos últimos dez anos, o que comprometeu o crédito para as empresas, o risco país, a rolagem da dívida e a inflação".

"A queda do PIB no primeiro semestre é produto dos juros efetivos da economia no final do ano passado e começo deste ano, que estavam muito acima da Selic."

Olhando à frente, disse o ministro, a situação é bastante positiva. "Não sei qual é o número que vamos ter no final do ano, mas continuo otimista com essa economia. Se verificarmos o andamento do setor produtivo, vamos ver que os números difíceis vão ficando para trás. Hoje não se verifica dificuldades pelo pára-brisa, apenas pelo retrovisor."

Na reunião do conselho, Palocci admitiu que o crescimento vai ser menor do que se imaginava. "É lógico que nós gostaríamos de não ter inflação e ter grande crescimento, mas corrigir os rumos de um desacerto econômico normalmente tem custado perdas importantes de PIB. Devemos ter um crescimento pequeno neste ano, mas não negativo, e devemos partir já neste semestre para um processo de crescimento sustentável", disse o ministro.




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