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Confio no sucesso do quinteto da região
Dérek Bittencourt
25/01/2022 | 00:01
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Já virou tradição aqui neste espaço. No início da temporada, trago minhas perspectivas sobre as campanhas dos times do Grande ABC para o Campeonato Paulista. Então cá estou novamente. E, como bom defensor dos times da região, acredito que este ano, diferentemente de 2021, não teremos rebaixamento de nenhum dos cinco clubes que estarão nas disputas das séries A-1, A-2 e A-3. Vou além: acho que os três (Santo André, São Bernardo FC e Água Santa) lutam pela classificação às quartas de final do Paulistão e os outros dois (São Caetano e EC São Bernardo) chegarão ao acesso. Utopia? Talvez. Mas por que não confiar neste cenário e no ano que vem ter o futebol daqui ainda mais fortalecido? Para começar, a elite, na qual teremos Ramalhão, Tigre e Netuno. Os três se reforçaram de maneiras distintas. Enquanto o Ramalhão trouxe o técnico Thiago Carpini e 23 reforços – a maioria deles, inclusive, já trabalhou com o treinador –, Tigre e Netuno apostam na manutenção dos treinadores Márcio Zanardi e Sérgio Guedes, respectivamente, além de espinha dorsal, trazendo peças pontuais para fortalecer os elencos.

Mais experiente na Série A-1 do que os vizinhos, vejo o Santo André um passo à frente justamente por saber como disputar a competição, os atalhos. Afinal, nas duas últimas temporadas viveu extremos: em 2020, avançou às quartas; em 2021, lutou para não cair. No entanto, o fato de contar com elenco praticamente todo novo vai exigir muito trabalho da comissão técnica. A equipe está na chave mais complicada, ao lado de Red Bull Bragantino, Ponte Preta e Santos, ou seja, dois times de Série A e um de Série B do Brasileiro. Ainda assim, tem totais chances de ser um dos dois classificados – mas, ao meu ver, tem obrigatoriamente que vencer o Botafogo hoje, em Ribeirão Preto, porque o adversário é cotado a ser um dos que brigará na parte de baixo.

Já os recém-promovidos São Bernardo FC e Água Santa contam com jogadores identificados com a camisa e que podem ser diferenciais. No caso do Aurinegro, Pará, Rodrigo Souza, Gionnotti e João Carlos estão entre os preferidos da torcida, enquanto no Alvianil os prediletos são Lelê, Luan Dias, Caio Dantas e Dada Belmonte. O Tigre trouxe nomes como Matheus Davó, Paulo Moccelin e Zezinho para encorpar o elenco, mesma tática que o Netuno usou ao contratar Victor Souza, Gabriel Terra e Fernandinho. Os são-bernardenses terão como concorrentes na mesma chave São Paulo, Ferroviária e Novorizontino, enquanto os diademenses dividem o grupo com Corinthians, Guarani e Inter de Limeira. Por ser a dupla que volta à elite, é apontada como incógnita. Mas tenho fé que possam não só fazer bonito como lutar pela classificação ao mata-mata.

Já na Série A-2, o São Caetano anunciou ontem o atacante Ricardo Oliveira, que, disparado, será o principal nome de toda a divisão. Além dele, o elenco conta com Rildo, Luiz, Roni, Ferreira, Lucas Abreu, Damasceno e outros que têm experiência. Assim, se der liga, o Azulão desponta como um dos favoritos ao acesso e, posteriormente, ao título, junto de Portuguesa (comandada pelo amigo Sérgio Soares), Taubaté, Oeste de Barueri e XV de Piracicaba. Acredito que dificilmente o acesso escape de um destes. Por fim, na Série A-3, à qual está de volta após o rebaixamento de 2021, o EC São Bernardo tem no técnico Renato Peixe uma das figuras centrais para buscar a promoção à Série A-2. Além disso, conta com grupo cascudo, que conta com jogadores como o veterano volante Alê, o experiente zagueiro Alexandre, o artilheiro Johnny, o habilidoso Erick Bessa e o ídolo Chuck, entre outros remanescentes da campanha da Copa Paulista.
<EM>Enfim, boa sorte ao nosso quinteto regional.

ABSURDO SEGUIDO DE ABSURDO
Há tempos não ficava tão indignado com o futebol como aconteceu no último sábado, nos minutos finais do jogo entre São Paulo x Palmeiras pela Copa São Paulo de Futebol Júnior, jogo que, é preciso ressaltar, teve presença exclusiva de torcedores tricolores para evitar brigas entre as torcidas. Mas tal precaução não impediu problemas enormes. Isso porque houve invasão de campo de alguns indivíduos trajados de são-paulinos, fato que já era digno de repúdio, mas um deles adentrar ao estádio e, posteriormente ao gramado, portando uma faca acende um alerta gigantesco sobre o que poderia ter acontecido caso o tal invasor tivesse conseguido desferir algum golpe em um jogador palmeirense. Para piorar, depois da retirada dos vândalos (me recuso a chamá-los de torcedores), o árbitro decidiu continuar a partida, deixando rolar os pouco menos de dois minutos faltantes, em ato completamente equivocado, haja vista que os atletas do Alviverde estavam bastante nervosos e abalados – também pudera, temiam que mais pessoas invadissem o campo. Faltou sensibilidade ao homem do apito.

Os fatos mancharam totalmente uma partida que teve um primeiro tempo de alto nível técnico e tático, sobretudo do Alviverde. Na etapa final, o Tricolor pressionava e poderia até ter chegado ao empate naqueles minutos finais, mas a imbecilidade de algumas pessoas que se dizem torcedoras acabou prejudicando o intuito do time. Aliás, apenas dois pontos a serem elogiados: a classificação do Palmeiras para a final, em busca do inédito título, e a rápida ação tomada pelo atacante Caio, do São Paulo, que partiu para cima de um dos invasores para conter sua aproximação dos jogadores adversários. Sem dúvida impediu que algo pior acontecesse.  




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