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Kassab quer atrair Paulo Serra ao PSD

Em entrevista, ex-ministro disse que o prefeito de Santo André pode disputar o governo estadual

Arthur Gandini
Do Diário do Grande ABC
13/01/2022 | 04:55
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Reprodução


O presidente nacional do PSD, Gilberto Kassab, afirmou na noite de ontem, em live do Diário no Facebook, que o prefeito de Santo André, Paulo Serra (PSDB), é um bom nome para disputar o Palácio dos Bandeirantes nas eleições deste ano. Segundo ele, o tucano mantém conversas para deixar o PSDB e ingressar no PSD com o objetivo de participar do pleito. A articulação política visa criar candidato competitivo no campo da centro-direita para disputar com o atual vice-governador e pré-candidato ao governo estadual, Rodrigo Garcia (PSDB). 

“No mês de março, encerram-se as filiações e (entre) aqueles que estiverem filiados, vamos precisar identificar um candidato. Temos bons quadros, inclusive do PSDB, que estão conversando conosco e analisando uma eventual filiação. (Paulo Serra) É um desses nomes. Ao lado de outros quadros, é um nome que seria inquestionavelmente visto com bons olhos por todo o partido”, declarou Kassab. “Torço muito para que ele, saindo do PSDB, tenha o PSD como opção. Tenho por ele uma estima muito grande. Ficaria muito feliz se ele entendesse que o PSD é o seu caminho”, avaliou.

Paulo Serra foi filiado ao PSD de 2012 a 2015, quando voltou ao PSDB. Segundo Kassab, a mudança teve como objetivo conseguir melhores condições políticas para se candidatar à Prefeitura de Santo André e foi de comum acordo. “As circunstâncias daquele momento privilegiavam a filiação a outro partido”, justificou.

O também ex-ministro das Cidades e ex-prefeito de São Paulo afirma que o PSD deve lançar candidato não apenas ao governo do Estado, como ao Palácio do Planalto. O nome para o pleito nacional é o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD). Contudo, caso a candidatura não se concretize, ele não descarta apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). “Tem pessoas dentro do partido que defendem essa aliança. Eu não defendo. Mas não posso dizer que é impossível”, ponderou.

Saúde e economia

Kassab criticou a gestão da crise sanitária tanto pelo presidente Jair Bolsonaro (PSL) quanto pelo governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Se o chefe do Executivo nacional praticou o “negacionismo” da gravidade da pandemia, Doria errou o tom e usou de “exibicionismo” ao encampar o uso da Coronavac. O discurso explicaria o seu mau desempenho nas pesquisas de intenção de voto para as eleições presidenciais, avaliou Kassab. “Lamento muito a conduta pessoal do presidente. Em relação a Doria, acho que exagerou”, pontuou. 

O ex-ministro defende que o período da crise sanitária demonstrou a importância da saúde pública. Em relação à economia, Kassab avalia que o tema será destaque nas eleições deste ano. “A inflação, depois da pandemia, vai ser o grande problema do governo (Bolsonaro)”, comentou.




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