``O primeiro-ministro Ehud Barak e o chanceler sírio Faruk al Chareh ficarao (em Washington) provavelmente dois dias', explicou Berger ao canal televisivo CNN. ``Vao se reunir como presidente e a secretária de Estado Madeleine Albright e tentarao elaborar um cronograma para as negociaçoes antes de regressar (ao Oriente Médio) e determinar onde continuarao as negociaçoes', acrescentou.

A retomada das negociaçoes de paz entre Síria e Israel, anunciada quarta-feira pelo presidente Bill Clinton, deixou no ar a possibilidade de se encontrar uma soluçao pacífica para o conflito no sul do Líbano, pondo fim a uma disputa territorial de mais de 20 anos.

Como diminuir a intensidade da violência entre as tropas israelenses e os guerrilheiros libaneses na última frente de batalha árabe-israelense seria um dos temas a ser tratados nas negociaçoes que serao reiniciadas na próxima semana, em Washington.

Entretanto, nesta quinta-feira estouraram novos combates perto da fronteira do Líbano com Israel.

Guerrilheiros do movimento islâmico Hezbolah anunciaram ter atacado as tropas israelenses e a milícia libanesa aliada do Estado judeu em 13 ocasioes. Os guerrilheiros nao falaram sobre suas baixas.

Clinton disse quarta-feira que esperava que a retomada das negociaçoes entre sírios e israelenses tornasse possível também as gestoes entre Israel e Líbano, país sobre o qual a Síria exerce enorme influência, já que tem 30 mil soldados posicionados em território libanês.

O Líbano recebeu bem a notícia do reinício das negociaçoes entre sírios e israelenses, e afirmou que ansiava por novas negociaçoes com Israel. A declaraçao foi feita pelo primeiro-ministro Salim Hoss, em um comunicado do gabinete. O presidente Emile Lahoud disse ao gabinete que o acontecimento 'irá repercutir de forma favorável aos interesses tanto do Líbano como da Síria``.