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Talibã nega responsabilidade na morte de 11 chineses
Da AFP
11/06/2004 | 19:02
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Os talibãs negaram nesta sexta-feira qualquer envolvimento na morte de 11 trabalhadores chineses no nordeste do Afeganistão. Este foi o ataque mais sangrento contra estrangeiros desde que a milícia perdeu o controle do país há três anos.

Abdul Latif Hakimi, dizendo representar a milícia fundamentalista islâmica, afirmou que os horríveis assassinatos "não deveriam ter acontecido". O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, que está nos Estados Unidos para o encontro do G-8, culpou "inimigos" do Afeganistão pelo ataque, enquanto o ministro do Exterior, Abdullah Abdullah, disse que o assassinato a sangue frio foi realizado por "elementos terroristas."

O ministro da Defesa, Mohammed Qasim Fahim, que comanda o país na ausência de Karzai, considerou que a "rede dos talibãs, a Al Qaeda e seus aliados estavam por trás do incidente."

De acordo com a polícia, um homem foi preso por envolvimento no ataque. No entanto, a Xinhua, a agência de notícias oficial da China, anunciou que duas pessoas haviam sido presas.

"Com base na informação que recebemos, prendemos um suspeito de nome Mullah Tor próximo ao local do crime", disse Mutalib Bek, chefe da polícia da província de Kunduz.

O embaixador da China, Sun Yuxi, que viajou a Kunduz, retornou a Cabul ao lado de quatro trabalhadores feridos, levados ao hospital da Força de Segurança e Assistência Internacional. Os corpos dos chineses mortos foram transportados para o hospital militar de Cabul. Os mortos estavam entre os cerca de 100 chineses que prestavam serviços como engenheiros, motoristas e trabalhadores em geral. Eles foram metralhados na quinta-feira enquanto dormiam em tendas localizadas próximas a uma estrada na província de Kunduz, cerca de 250 quilômetros ao norte de Cabul.

A maioria dos trabalhadores chineses, contratados pela China Railway Shisiju Group Corporation (CRSGC), para construir uma estrada entre as províncias de Kunduz e Baghlan, tinha chegado ao Afeganistão no dia anterior.




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