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Modo de reajuste de energia aumenta a inadimplência
30/01/2003 | 22:18
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A manutenção do atual sistema de reajuste das tarifas de energia elétrica pode elevar a inadimplência para níveis insustentáveis, acreditam técnicos, especialistas e empresários do setor. O principal argumento, comprovado na prática pelas distribuidoras, é de que, quando a tarifa sobe, a inadimplência aumenta.

A professora Carmen Alveal, do grupo de Energia do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, avalia que há uma queda de renda desde 1998 e nesse período as tarifas estiveram “em espiral de subida”, devido à forma de reajuste prevista nos contratos de concessão dos serviços de distribuição de energia realizados com a privatização do setor.

No ano passado, por exemplo, o IGP-M (Índice Geral de Preços do Mercado), a que as tarifas cobradas pelas distribuidoras são indexadas, subiu 25,31%. Já a renda caiu 8,3%, segundo o Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos em São Paulo).

A especialista lembra que a própria alta das tarifas indexadas ao IGP-M tende a “realimentar” a inflação e, conseqüentemente, o reajuste dos anos seguintes. Agrava a situação, diz, o fato de que o crescimento econômico tem sido “muito modesto” e continua sem perspectivas de melhora. “Há um cenário de inadimplência crescente se essa rota continuar. A perspectiva é de que o cenário ficará insustentável.”




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