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Nota do PMDB chama direção atual do partido de 'caduca'
26/12/2002 | 21:30
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Com apoio do governador eleito do Paraná, senador Roberto Requião (PMDB), o prefeito de Juiz de Fora (MG), Tarcísio Delgado (PMDB), divulgou nesta quinta-feira nota classificando de “caduca” e “chantagista” a atual direção nacional do partido. Esse grupo, que conta com a simpatia de figuras nacionais como o senador José Sarney (PMDB-AP) e o governador de Minas, Itamar Franco, ex-pemedebista e agora sem partido, defende a realização de uma convenção extraordinária do PMDB no dia 25 de janeiro para tirar do comando da legenda seu atual presidente nacional, deputado Michel Temer (SP).

“De parabéns o governo Lula ao não aceitar a chantagem com imposição de nomes despreparados ou comprometidos para seu ministério”, diz a nota assinada pelo prefeito mineiro, referindo-se à decisão do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, de romper com o PMDB e recuar da decisão de indicar pemedebistas para sua equipe ministerial.

Ligado ao governador Itamar Franco, que deixou o PMDB há cerca de seis meses depois de uma seqüência de embates com a atual cúpula pemedebista, Tarcísio Delegado defende ainda que o comando do partido seja “entregue” a Requião, e aos governadores eleitos Germano Rigotto (Rio Grande do Sul) e Luiz Henrique da Silveira (Santa Catarina).

“A direção esclerosada, ao invés de entregar o partido aos poucos vitoriosos Roberto Requião, Germando Rigotto (governador eleito pelo Rio Grande do Sul) e ao amigo Luiz Henrique da Silveira (futuro governador de Santa Catarina) e à vontade da maioria das bases partidárias, insiste nos métodos derrotados”, diz o documento assinado pelo prefeito.

O presidente do PMDB, Michel Temer, foi procurado pela reportagem, mas não retornou as chamadas. Sua assessoria informou que a direção nacional não trabalha com a hipótese de fazer convenção nacional em janeiro próximo.




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