Política Titulo Mauá
Vereador pede a MP que apure conduta de ouvidora

Sargento Simões enviou ofício à instituição após Maria Emerich participar de ato político

Daniel Tossato
Do Diário do Grande ABC
21/12/2021 | 04:58
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André Henriques/ DGABC


Vereador de oposição na Câmara de Mauá, Sargento Simões (Podemos) enviou ofício ao MP-SP (Ministério Público de São Paulo) para que seja apurada a presença da ouvidora do município, Maria Emerich Ferraz, em ato político na semana passada, o que fere regimento interno do departamento municipal.

O parlamentar elaborou o documento logo após o Diário revelar que a ouvidora participou do lançamento da pré-candidatura a deputado estadual do secretário de Planejamento Urbano da cidade, Rômulo Fernandes (PT), realizada no dia 15 de novembro.
No ofício, Sargento Simões também encaminha documentos que mostram que a ouvidora feriu normativa da ouvidoria.

“Chegou ao meu conhecimento que a ouvidora do município de Mauá, Maria Emerich Ferraz, participou de evento político da pré-candidatura do secretário municipal Rômulo Fernandes a deputado estadual, no dia 15 de dezembro, contrariando, em tese, o artigo 18, inc. III, b da lei municipal 4.455/2009, que trata da conduta no exercício do cargo”, sustentou o parlamentar no ofício.

DEVE APURAR

Conforme o vereador, a ideia é que o MP passe a apurar a conduta da ouvidora. Segundo o regimento interno do departamento municipal, “fica vedada a participação da titular do cargo em eventos políticos de campanha, com possibilidade de perda de mandato.”

“Encaminhei o ofício ao MP, pois quero que a situação seja investigada. Ela está descumprindo a lei. Então vamos cobrar e fazer o que tiver de ser feito. Sem choro nem vela”, comentou Sargento Simões ao Diário.
A ouvidora foi indicada pelo prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), para o cargo neste ano. Maria Emerich é diretamente ligada ao petista.

Ao Diário, Maria Emerich alegou que participou do evento, mas que não fez campanha para Rômulo e que sua conduta não feriu o regimento interno, já que, segundo a ouvidora, não é época de campanha política. A Prefeitura também sustenta que não houve irregularidade, na medida em que não é período eleitoral.
 




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