O Fed (Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos) iniciou nesta terça-feira uma reunião de dois dias para discutir sua taxa básica de juros. A expectativa é de que o órgão mantenha inalterado o índice atual, de 5,25% ao ajo.

Para os analistas, a mesa está servida: "O FOMC (comitê de política monetária do banco) vai manter suas taxas inalteradas", indicou Brian Bethune da Global Insight.

O banco central já se inclinou pelo statu quo nas duas reuniões anteriores para segurar o crescimento, que chegou a 2,6% no segundo trimestre depois de ter alcançado 5,6% no primeiro e ter ameaçado cair ainda mais, em tempo de inflação elevada.

A aposta do Fed se baseia na idéia de que a desaceleração do crescimento vai conter a inflação e as 17 altas consecutivas da taxa desde junho de 2004 já não produzem plenamente o efeito desejado.

A economia dá sinais de uma "aterrissagem suave" com os últimos indicadores, apesar das incertezas sobre o comportamento do mercado imobiliário.

"O  do FOMC à imprensa, sem dúvida, ressaltará a moderação da atividade econômica, produto de uma desaceleração importante do mercado imobiliário. Ao mesmo tempo, o comitê reiterará que os indicadores da inflação continuam elevados", disse Bethune.

O banco central americano tem toda razão de esperar para ver o que vai acontecer nas próximas semanas.

Do ponto de vista econômico, os dados importantes serão divulgados após a reunião do comitê de política monetária do Fed: sexta-feira o crescimento do terceiro trimestre e segunda-feira os primeiros dados da inflação de setembro.

Os números do comportamento do mercado imobiliário serão divulgados amanhã (quarta-feira), durante a reunião.

E do ponto de vista político, a proximidade das eleições parlamentares de 7 de novembro leva os membros do banco central a serem particularmente cuidadosos com suas decisões.