As duas companhias aéreas européias movimentam juntas 19,7 bilhões de euros, superando os US$ 17,3 bilhões da maior empresa americana do setor. Em número de passageiros, o novo grupo será o quarto maior das companhias que integram a Iata (Associação Internacional para o Transporte Aéreo), com 62.812 pessoas transportadas em 2002, pouco atrás das três principais americanas: American Airlines, Delta Airlines e United Airlines.

Se a fusão realmente acontecer, será a primeira entre empresas européias do setor de países diferentes. A operação ainda precisa ser aprovada pela diretoria da KLM e pelo governo holandês, que possui uma participação de 14% na empresa.

Fontes do comitê de empresa da Air France afirmaram que a fusão vai aumentar o capital da companhia francesa. O cronograma da operação deve ir até abril de 2004. As empresas devem manter suas marcas, o que é necessário para preservar direitos internacionais de pouso.

Na sexta-feira, o primeiro-ministro holandês, Jan-Peter Balkenende, afirmou que seu governo ainda não havia tomado a decisão sobre a possível fusão da KLM e Air France. Ele insistiu que o futuro do aeroporto de Amsterdã-Schipol, sobre o qual pediu garantias, é um elemento-chave nas negociações.

O Schipol, quarto aeroporto europeu, é um dos pilares da economia holandesa, gerando milhares de empregos. Os holandeses temem que, se houver um acordo, o aeroporto que, administra 5.892 conexões aéreas por semana, seja sufocado pelo aeroporto Charles de Gaulle, em Paris.

A operação é considerada pelos analistas como uma compra pela Air France de sua concorrente holandesa, implicando automaticamente na privatização da companhia aérea francesa, afirmou o ministro francês de Economia e Finanças, Francis Mer.