Estabelecimento, no Centreville, em Santo André, tinha combustível irregular e fraudava quantidade injetada no tanque
Cinco dias depois de ter sido alvo de fiscalização do Procon e do Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo), autarquia do governo estadual vinculada à Secretaria da Justiça e Cidadania, o Auto Posto Centreville, que fica na Avenida Valentim Magalhães, altura do número 830, no Centreville, em Santo André, já está funcionando. Os técnicos encontraram diversas irregularidades no local, entre elas mistura de substância desconhecida na gasolina e um equipamento que diminuia a quantidade de combustível que era injetado no tanque dos carros.
O Diário esteve ontem no local e constatou que apenas um conjunto de bombas continuava lacrado. Uma funcionária do posto informou que o estabelecimento estava proibido de comercializar apenas gasolina aditivada e que tinha autorização para vender a do tipo comum, diesel e etanol. Uma enorme placa informava os preços praticados no local. Chama atenção o valor cobrado pelo litro da gasolina aditivada, R$ 5,899, bem abaixo do que a média da região, que, segundo a ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis), é de R$ 6,40, diferença de R$ 0,50 por litro.
Secretaria da Justiça e Cidadania, por meio do Ipem, confirmou que apenas uma parte das bombas foi lacrada, mas informou que fará nova fiscalização no estabelecimento. “O Auto Posto Centreville, em Santo André, alvo da Operação Combustível Limpo, realizada no dia 18 de novembro, teve interditada uma ilha de bombas de combustíveis com seis bicos. Até o momento, o Ipem não recebeu nenhuma solicitação do representante do posto mencionado para liberação dessa ilha. Os fiscais do Ipem farão um monitorando no posto”, confirmou a pasta, em nova.
“Internamente, o Ipem segue com os trâmites dos processos com elaboração de perícias nos componentes dessas bombas para emissão de documentos, que serão enviados ao Ministério Público e à Secretaria da Fazenda. Em razão das irregularidades encontradas pelo Procon, foi aberto processo administrativo contra a empresa, procedimento que ainda aguarda resultado de análise laboratorial para prosseguimento”, acrescentou a secretaria.
A pasta não informou se o responsável pelo posto foi localizado e se ele vai responder criminalmente pelas irregularidades.
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