O presidente da Fundação do ABC, Wagner Boratto, negou ontem, durante a reinauguração do Complexo Poliesportivo da Faculdade de Medicina ABC, as informações de atraso na regulamentação das contratações e carga excessiva de trabalho dos funcionários do Hospital Doutor Radamés Nardini, em Mauá, sob administração da instituição desde 1º de março.

De acordo com ele, nesta fase inicial estão sendo revistos os contratos e formas de contratação não apenas dos funcionários, mas também das empresas prestadoras de serviços. "É preciso ver as questões trabalhistas. Estamos analisando os contratos e estudando que tipo de vínculo empregatício que vamos adotar em cada caso", afirmou Boratto.

Com relação à carga de trabalho excedente, ele afirmou que o Nardini conta atualmente com mais funcionários do que quando assumiu. "Os plantões hoje estão quase todos completos, incluindo o farmacêutico", revelou. "Não é verdade que funcionários - basicamente técnicos e auxiliares de enfermagem - estejam trabalhando além da carga horária. Se fosse verdade, já teria ocorrido algum tipo de manifestação", completou.

Um dos principais hospitais de Mauá, o Nardini, de propriedade de Prefeitura, atravessa dificuldades administrativas e de atendimento ao público há quase dois anos. Funcionários ouvidos pelo Diário afirmam que até mesmo vale-transporte e vale-refeição não estariam sendo pagos.

ATENDIMENTO - Na análise de Boratto, dentro de seis meses o Nardini terá uma condição mais digna de atender à população, porém ainda muito longe da ideal. "É preciso ressaltar que há quatro anos o hospital estava completamente arrasado", ressaltou.

"Ninguém veio aqui e fez uma visita de cima a baixo para ver o que realmente foi feito até agora. Ocorreu uma melhoria no atendimento. Basta perguntar á população", concluiu.