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Originalidade é destaque do grupo 2 em Sto.André
Andrea Catão Maziero
Do Diário do Grande ABC
10/02/2002 | 18:38
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A originalidade tomou conta da passarela do samba montada na avenida Firestone, em Santo André, na noite de sábado, quando se apresentaram as cinco escolas do grupo 2 que competem em pé de igualdade com as do grupo principal. Se depender da criatividade, Acadêmicos do Centreville e Beleza Pura ficarão com as primeiras colocações. A Oásis da Vila, Tradição de Ouro e Seci, embora tenham feito um Carnaval que empolgou o público na avenida, devem sofrer penalidades – falta de componentes e de carros alegóricos e atraso. Assistiram ao desfile mais de 20 mil pessoas, segundo a Guarda Municipal.

A Beleza Pura surpreendeu com sua comissão de frente formada por menestréis da idade média – contadores de histórias – que mostraram uma coreografia bem elaborada. Com cadeiras dobráveis que ora mostravam o nome da escola, ora o tema enredo – De Boca em Boca –, a comissão foi aplaudida de pé.

A Acadêmicos do Centreville, que colocou o futebol na avenida, fez o melhor desfile da noite, segundo o público presente na Firestone. As fantasias e alegorias, assinada pelo carnavalesco Eugênio dos Santos, estavam luxuosas.

Mas o destaque mesmo ficou com a comissão de frente. A complicada coreografia foi ensaiada pelos sete integrantes por mais de três meses. Com bolas de futebol gigantescas apoiadas em rodas, a bola rolava na avenida.

Ao homenagear o deus Osíris, representado por um boi, a Oásis da Vila teve ótima aceitação do público, que se dizia surpreso com a apresentação da escola que só desfila há seis anos em Santo André. Todos os carros alegóricos tinham esculturas, o que tornou a avenida luxuosa.

No entanto, o presidente da Oásis, Gilberto Ramos, disse que alguns componentes das alas faltaram. Se repetisse o esquema de 2001, quando levou mais de 700 pessoas para a avenida, não estaria sujeito a ser penalizado.

Também deve perder pontos a Tradição de Ouro, que neste ano fez homenagem ao violonista Robson Miguel. Embora tenha investido alto nas fantasias e carros, alguns componentes faltaram ao desfile. “Tínhamos alugado três ônibus para trazer toda a comunidade, mas apenas um deles apareceu”, afirmou Esterlita dos Santos, presidente da Tradição.

E foi ainda pelo atraso que a Seci pode perder pontos. O último carro alegórico não ficou pronto a tempo de ir para a avenida, e por isso a escola entrou apenas com dois. Porém, o samba Rir Para Não Chorar foi o mais cantado pelo público da arquibancada.

De acordo com o presidente da Uesa (União das Escolas de Samba de Santo André), Emerson Ceccato, todos os problemas que as agremiações tiveram foram anotados pelos fiscais do desfile. “Antes da apuração, uma reunião entre os presidentes vai definir se as escolas serão ou não penalizadas.” No Carnaval 2001, mesmo com o descumprimento do regulamento por parte de algumas escolas, nenhuma foi penalizada.




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