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Faturamento real em SP sobe 0,86% em dezembro
Do Diário do Grande ABC
13/01/2000 | 15:51
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O desempenho das vendas de Natal de 1999 na regiao metropolitana de Sao Paulo ficou praticamente estável em relaçao ao ano passado, segundo a Federaçao do Comércio do Estado de Sao Paulo (FCESP). O faturamento real do comércio registrou alta de 0,86% sobre o valor apresentado em dezembro de 98.

No acumulado do ano, sem ajuste de sazonalidade e em comparaçao com 1998, houve queda de 2,66% no faturamento real. Já as vendas físicas ficaram 4,02% abaixo do resultado apresentado em 98. A variaçao em dezembro foi de 7,10%, enquanto a do faturamento real ficou em 3,08% (ambas com ajuste de sazonalidade).

Os dados da prévia da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) feita pela Federaçao do Comércio do Estado de Sao Paulo e divulgada em parceria com a Agência Estado mostram que três dos grupos integrantes da análise ficaram positivos em dezembro. Sao eles: semiduráveis (7,88%), bens duráveis (6,03%) e comércio automotivo (1,55%). Este último também engloba as concessionárias de veículos e o setor de autopeças.

A queda dessasonalizada mais expressiva, segundo a PCCV, ocorreu com o segmento de bens nao duráveis. O resultado de dezembro em relaçao a novembro de 99 foi de -9,67%; foi a maior taxa negativa nesse conceito desde o início do Plano Real, como revela a pesquisa.

A variaçao dos preços no setor de nao duráveis em 1999 ficou em 22,26% - quase o dobro dos índices observados nos anos anteriores desde a implantaçao do plano de estabilizaçao.

Para a economista da FCESP, Rosana Curzel, a desvalorizaçao da moeda, o crescimento do desemprego, o aumento das tarifas públicas e de itens como os produtos alimentícios e farmacêuticos sao algumas hipóteses que podem explicar o desempenho estável das vendas em dezembro passado do comércio varejista em Sao Paulo.

O resultado, segundo Rosana, já era esperado, pelo menos pelos economistas da Federaçao. "Em 1999 a demanda de bens foi comprimida abruptamente em decorrência da forte elevaçao das taxas de juros em resposta à crise russa", explica a economista.




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