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CUT realiza protesto no centro de SP
Do Diário OnLine
18/05/2001 | 18:47
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Trabalhadores e servidores públicos ligados a Central Única dos Trabalhadores (CUT) realizaram um ato no centro de em São Paulo, nesta sexta-feira. O protesto é contra um eventual índice de desemprego que pode ser ocasionado com o racionamento.

Segundo a CUT, 10 mil pessoas participam da manifestação. No entanto, a Polícia Militar informou que 6 mil pessoas participaram do ato, que não registrou confusões. Mesmo assim, o local foi cercado por cerca de 420 policiais, que tentam evitar qualquer tipo de violência.

Os manifestantes, que se concentraram no vão livre do Museu de Arte de São Paulo (Masp), seguiram em passeata pela rua da Consolação, em direção a Praça Ramos de Azevedo, na região central da capital paulista.

O presidente da CUT, João Felício, afirmou que o ato pretende colocar em discussão, além do desemprego, a campanha salarial, a CPI da Corrupção, a correção da tabela do Imposto de Renda e o acordo do FGTS.

O protesto da Força Sindical marcado par a próxima terça-feira foi cancelado, já que o ministro do Trabalho, Francisco Dornelles, chamou os sindicalistas para uma reunião na próxima quarta.

O secretário geral da Força, João Carlos Gonçalves, o Juruna, informou que o ministro não afirmou se vai falar sobre corte de energia, mas comentou discutir sobre jornada de trabalho, fechamento do comércio aos domingos e horas extras.

Justiça — João Felício acenou com a possibilidade da entidade entrar com uma ação judicial contra o plano de racionamento. “Onde houver brechas, vamos entrar com ações judiciais”, garantiu.

Felício afirmou que nenhuma das medidas apresentadas pelo ministro tem a preocupação de garantir o emprego dos trabalhadores. Para ele, se houver a necessidade de racionamento nas fábricas muitas pessoas vão ser demitidas. Ele ainda ressaltou que, mais uma vez, o principal punido será a classe média.

O sindicalista acredita que a crise se deve ao modelo de privatização adotado pelo governo federal, que não realizou os investimentos necessários no setor.

'Perversa' –O deputado federal José Genoíno (PT), que também participa da movimentação, disse em entrevista à Rádio CBN que a atitude do governo foi “perversa”, e ressaltou que deveriam ser adotadas outras medidas. “Deveriam encontrar outra maneira de cortar energia. O limite é muito baixo, deveria ser maior”, enfatizou.

O deputado também acrescentou que “com essas medidas, o principal prejudicado será o consumidor residencial”, comentou.




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