Repercutiram bastante no fim de semana as declarações do presidente estadual do PT, Luiz Marinho, ex-prefeito de São Bernardo, ao Diário, em que admitiu a viabilidade de chapa entre o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-governador Geraldo Alckmin (de saída do PSDB) na corrida presidencial do ano que vem, movimento revelado pelo jornal Folha de S.Paulo. A reportagem tirou do armário posições pragmáticas no petismo paulista acerca das alianças visando a recondução de Lula ao Palácio do Planalto. Evidenciou ainda como o petismo também trabalha para pavimentar caminho que possibilite cenário favorável para o partido na disputa pelo Palácio dos Bandeirantes. A fala de Marinho pode até ter sido protocolar, no sentido de quem defende, de forma genérica, o diálogo na política com todos os atores, mas não pode ser subestimada. Onde há fumaça, há fogo.
Nem nem
Por falar na empreitada do PT na corrida estadual, o ex-prefeito Fernando Haddad (PT, Capital), potencial candidato do partido a governador, desembarcou em São Bernardo no sábado, onde participou de encontro com parlamentares petistas de São Paulo, no Sindicato dos Metalúrgicos. Em seu discurso, Haddad ironizou o tímido desempenho dos tucanos nas pesquisas de intenções de voto para presidente. “Quem se apresenta hoje como terceira via são aqueles que se juntaram ao bolsonarismo e que até hoje votam com o governo na Câmara Federal. Com que moral alguém que vota a favor do Bolsonaro se apresenta como opção a ele? Essa é a dificuldade da terceira via, ela não tem identidade. Eles tentam confundir a opinião pública se apresentando como o ‘nem (Lula) nem (Bolsonaro)’. Só que ‘nem nem’ nem voto tem”.
PSDB raiz
No domingo, Paulo Serra (PSDB), prefeito de Santo André e um dos coordenadores da campanha do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB) nas prévias tucanas para a escolha do presidenciável, voltou a evocar o que os adversários do governador João Doria (PSDB) chamam de “PSDB raiz”, colando a imagem de Leite à de figuras históricas do partido, como o ex-governador Mário Covas (morto em 2001). “O que Eduardo fez (em Rio Grande do Sul) é a revolução que São Paulo passou lá atrás. Neste momento em que vive o País, Eduardo é certamente o candidato mais competitivo e conciliador”, discursou o andreense, em agenda das prévias com o correligionário em São José do Rio Preto (Interior).
Uma vez prefeito…
Atila Jacomussi (Solidariedade) deixou a cadeira de prefeito de Mauá em dezembro do ano passado, após perder a reeleição para o então vereador Marcelo Oliveira (PT), atual chefe do Paço. Mas parece que, apesar de ter deixado o cargo, o posto não sai dele. Não raramente, Atila publica em suas redes sociais fotos e vídeos dele pela cidade, como se estivesse cumprindo agenda oficial. No post mais recente, disse que foi “fiscalizar” as obras que a Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo) tem feito no Parque das Américas. “Vou continuar nas ruas fiscalizando essas obras e cobrando para que sejam executadas de acordo com o plano estabelecido na minha gestão”, disse.
Reajuste
Ainda sobre Mauá, o Sindserv (Sindicato dos Servidores Públicos) da cidade estará amanhã, às 10h, no gabinete do prefeito Marcelo Oliveira (PT), para falar sobre a campanha salarial de 2021. A expectativa é a de que o governo atenda à pauta de reivindicações. A categoria pede 10% de reajuste. O índice é a soma da correção da inflação do período (6,1%) e aumento real de 3,9%. Os servidores também exigem ampliação do auxílio-alimentação para cerca de R$ 630.
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