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Narrativas de aliados de João Doria e Leite
Júnior Carvalho
03/11/2021 | 02:02
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A cada dia, a disputa entre os governadores João Doria (São Paulo) e Eduardo Leite (Rio Grande do Sul) nas prévias para escolha do presidenciável do partido ganha contornos de acirramento, a ponto de o tucanato ficar em alerta para possíveis cicatrizes que a rivalidade pode deixar na legenda pós-prévias. Nos últimos dias, essa novela registrou novo episódio com o impasse envolvendo a legitimidade de 92 prefeitos e vice-prefeitos, filiados neste ano à legenda, em votar no pleito interno, marcado para o dia 21. Entre segunda-feira e ontem, um novo fato exaltou ainda mais os ânimos dos aliados dos governadores que, no Grande ABC, são personificados pelos prefeitos Paulo Serra (Santo André) e Orlando Morando (São Bernardo): decisão da comissão das prévias cassou o direito ao voto dos novos tucanos, sob o argumento de que as filiações foram inseridas no sistema da Justiça Eleitoral em datas retroativas de maio, prazo limite para participação no processo. O resultado disso foi outra disputa de narrativas entre tucanos andreenses, que celebraram a decisão, e são-bernardenses, que buscaram minimizar a informação e até taxá-la como falsa. Os próximos dias prometem.

BASTIDORES

Processo
Na decisão que cassou o direito ao voto dos novos tucanos nas prévias, o coordenador do processo, senador José Aníbal, citou matéria do Diário que mostrou a filiação de prefeitos, como Claudinho da Geladeira (Rio Grande da Serra), já em meados de julho – dois meses após o prazo final. “O processo de prévias do PSDB deve responder às regras estabelecidas com transparência e rigor. Se há irregularidades, não é admissível tocar o processo sem que nada seja feito”, comentou o prefeito Paulo Serra, de Santo André.

Esfriou
No fim de setembro, vereadores críticos à gestão do prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), anunciaram a ampliação da bancada oposicionista na Câmara. O grupo foi formado por Reinaldo Meira (Pros), Eduardo Minas (Pros), Márcio Júnior (Podemos), Lucas Almeida (DEM), Boy (DEM) e Cabo Angelo (PV). Passado um mês da formação do chamado G-6, contudo, a bancada ainda não mostrou a que veio. Nas últimas sessões, inclusive, parte dos parlamentares tem votado favorável a projetos da gestão petista. Reservadamente, a classe política da cidade tem classificado o movimento como voo de galinha.

Adiado
O governo do prefeito de Rio Grande da Serra, Claudinho da Geladeira (PSDB), teve de adiar para semana que vem ato que oficializaria o início da segunda fase das obras do Parque Linear, uma das intervenções que contam com pacote milionário de recursos do governo do Estado à cidade. A ideia era a de que o evento fosse realizado hoje, com expectativa de participação de figurões do Palácio dos Bandeirantes, mas as chuvas nas últimas horas deixaram o local enlamaçado e inviabilizaram o início imediato dos trabalhos.

Licitação
A gestão do prefeito de Mauá, Marcelo Oliveira (PT), avançou na semana passada no processo licitatório para contratação de nova empresa para operar a coleta e destinação do lixo. Na quinta-feira, o Paço mauaense classificou o Consórcio Mauá Mais Limpa para assumir os serviços, que também incluem a zeladoria da cidade. O grupo é formado pelas empresas Peralta Ambiental Importação e Exportação Ltda, Sanurban Saneamento Urbano e Construções S.A., e Paulista Obras e Pavimentação Ltda. O preço ofertado pelo consórcio foi de R$ 46,5 milhões. O prazo do contrato é de um ano, podendo ser prorrogado por até cinco anos.

Mudança
Por falar em Mauá, esta coluna apurou que o secretário de Serviços Urbanos do governo Marcelo Oliveira (PT), o ex-vereador Fernando Rubinelli oficializa hoje ingresso no PSB. Rubinelli estava sem partido desde meados de agosto, quando foi expulso do PTB por anunciar apoio ao PT nas eleições do ano passado. O presidente nacional da sigla, o ex-deputado federal Roberto Jefferson, destituiu os diretórios do partido que haviam fechado apoio a legendas contrárias ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido).
 




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