Depois de ter dado dor-de-cabeça para o prefeito licenciado de Diadema, José de Filippi Júnior (PT) na eleição de 2004, José Augusto da Silva Ramos (PSDB) se prepara para repetir a dose com outro petista: Mário Reali, com quem disputa a preferência do eleitorado da cidade por uma cadeira na Assembléia Legislativa.

“Como eu avalio o trabalho dele (Reali)? Que trabalho? Não vi nenhum. Ele não trouxe melhoria para a cidade”, cutuca o tucano. “O Legislativo fiscaliza o trabalho do Executivo e, principalmente, atrai investimento para a região. Ele não fez e é por isso que eu vou para a Assembléia.”

O discurso confiante do tucano não é sem motivo: José Augusto perdeu a disputa pela Prefeitura para Filippi por apenas 0,23 ponto percentual, aproximadamente mil votos. O médico teve cerca de 110 mil votos à época, quase o dobro dos que julga precisar para ser eleito deputado estadual. “Diadema não é uma cidade petista, como dizem. Algumas eleições que disputei e perdi não traduziram a vontade da população".

Sanguessugas – Além da campanha consolidada na cidade, o ex-prefeito de Diadema (1989-1992), ex-deputado federal (1995-1998) e ex-estadual (1999-2002) acredita que outro fator deve beneficiá-lo na disputa: o escândalo do dossiê. “Aquilo foi ridículo”, avalia. “Os eleitores têm tido, mais do que nunca, a oportunidade de ver a política suja que o PT faz. É a prática deles. Eu já fui alvo disso também.”

Propostas – O candidato explica que seu plano de ação, caso eleito, se concentra em Saúde, Educação e formação profissional para o jovem.

“É preciso melhorar a qualidade do atendimento médico e aprimorar o SUS (Sistema Único de Saúde).” Quanto ao Grande ABC, diz se tratar de uma região carente em cursos profissionalizantes que possibilite aumentar a competitividade dos jovens no mercado de trabalho. “Repensar o modelo produtivo da região e programar suas novas vocações é uma prioridade”. (Supervisão de Lola Nicolás)