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Ex-presidente Lozada luta por segundo mandato na Bolívia
Das Agências
27/06/2002 | 14:13
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O ex-presidente liberal Gonzalo Sánchez de Lozada (1993-97), 71, um rico empresário do ramo da mineração, é candidato a um segundo mandato nas eleições do próximo domingo.

Líder do Movimento Nacionalista Revolucionário (MNR), o partido com maior tradição política da Bolívia, Sánchez de Lozada, popularmente conhecido como "Goni" ou "Gringo" devido ao inconfundível sotaque anglo-saxão, ocupa o segundo lugar nas pesquisas de intenção de voto, atrás do ex-militar populista Manfred Reyes Villa.

Gestor do maior programa de privatizações que a Bolívia já conheceu, Sánchez de Lozada, nascido em La Paz no dia 1º de julho de 1930, estudou Filosofia e Letras nos Estados Unidos, onde passou boa parte da vida adulta e se aperfeiçoou como cineasta.

Tachado por seus detratores de "vende pátria", por ter promovido a capitalização (forma de privatização) da maioria das empresas do Estado durante seu governo, Sánchez de Lozada estreou na política boliviana em 1979, quando foi eleito deputado por Cochabamba (Centro).

A fama de administrador eficiente foi conquistada em 1985, quando defendeu um modelo de economia de mercado que mandou para a rua mais de 30 mil trabalhadores da mineração, reduziu os gastos públicos a um limite impensável e freou a hiperinflação de 25 mil % registrada no período 1981-85.

Ministro da Economia do ex-presidente Víctor Paz Estenssoro, em cuja gestão ocupou também a presidência do Senado, Sánchez de Lozada venceu por maioria relativa as eleições de 1989, mas não conseguiu fechar um acordo que lhe permitisse ratificar no Congresso o triunfo obtido nas urnas.

Em 1993, venceu as eleições presidenciais com 36% dos votos e, após uma série de acordos com forças minoritárias, ocupou o cargo. Durante sua administração, promoveu a reforma da educação e promulgou uma lei de participação popular que dotou recursos a regiões distantes do Centro do país pela primeira vez na história.

O programa de governo de Sánchez de Lozada prevê a criação de "empregos, empregos, empregos e mais empregos", para conter a crise econômica que atinge o país.




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