O coordenador de campanha do atual presidente e candidato à reeleição Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Marco Aurélio Garcia, afirmou nesta quarta-feira que Lula ainda não sabe se irá ao debate entre os presidenciáveis que acontecerá na noite da próxima quinta-feira na TV Globo.

O partido está dividido e discute o impacto eleitoral da presença de Lula no encontro, em que estarão presentes seus maiores adversários e críticos como Geraldo Alckmin (PSDB), Heloísa Helena (PSOL) e Cristovam Buarque (PDT).

De acordo com Garcia, o presidente não deve nenhuma explicação sobre o escândalo da participação de petistas na produção, compra e venda de um dossiê que vincularia políticos do PSDB com a ‘máfia das ambulâncias’.

Já o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, afirmou que muitos militantes do partido temem que se repita o episódio do debate de 1989 entre o atual presidente e Fernando Collor de Mello. Na época, o petista foi prejudicado por uma edição do confronto feita pela TV Globo no dia seguinte e acabou perdendo as eleições presidenciais.

”Quem vai decidir se via ou não é o presidente e vocês só saberão disso na quinta”, assinalou Marinho quando foi questionado pelos jornalistas sobre o assunto. Ele ainda falou que o encontro pode ser mais interessante aos outros candidatos do que para Lula.

Pesquisas – Um fator que pode ser decisivo para a presença ou não do presidente no debate são as pesquisas de intenção de voto que serão divulgadas na noite desta quarta-feira.

Suplicy - O senador e candidato à reeleição Eduardo Suplicy (PT) deu a entender na manhã desta quarta-feira, em entrevista ao Bom Dia Brasil (TV Globo), que o ‘presidente/candidato’ Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deve comparecer ao debate.

Antes mesmo de responder aos questionamentos da apresentadora do programa, ele disse que José Serra (PSDB) compareceu na noite de terça-feira ao debate entre os candidatos do governo de São Paulo, também realizado pela Rede Globo, motivado pela provável presença de Lula no embate de amanhã.

Proposta – Ao ser perguntado sobre suas propostas, Suplicy falou novamente do seu programa Renda Mínima de Cidadania. Ele enalteceu o projeto que foi aprovado pelo Congresso Nacional e promulgado por Lula em 2004.

Crítica – O ‘senador/candidato’ criticou os gastos do governo federal. De acordo com ele, o dinheiro obtido com a alta carga tributária não é bem distribuído. “Eu sou a favor da racionalidade dos impostos”, disse Suplicy, há 16 anos no Congresso Nacional.

Ministério – O petista preferiu não responder à pergunta sobre a possibilidade de ele assumir um Ministério caso o presidente Lula seja reeleito por mais quarto anos.