O número de mortes vítimas das chuvas que atingiram o Estado do Rio de Janeiro já chega a mais de 40. As informações são contraditórias, mas um balanço oficial do governo do Estado aponta 42 mortes, sendo 26 em Petrópolis, sete em Duque de Caxias, cinco na cidade do Rio, duas em Niterói e duas em Paracambi. A previsão do tempo aponta ainda mais chuvas no Rio, principalmente na Baixada Fluminense e na região serrana do Estado.

O governador Anthony Garotinho afirmou que 68 pessoas estão desaparecidas e cerca de 2 mil estão desabrigadas. Outras 180 pessoas foram desalojadas por morarem em locais sob risco de deslizamento.

Em Petrópolis o prefeito Rubens Bomtempo decretou estado de calamidade pública e luto oficial por três. A prefeitura pediu ajuda para o Exército e para a Polícia Militar, já que há 48 desaparecidos na cidade e 600 desabrigados, segundo a Defesa Civil.

Diante da situação, Garotinho anunciou a liberação de R$ 27,5 milhões para as obras de recuperação da cidade. Entre a verba anunciada, R$ 11,5 milhões são referentes a obras já previstas, que seriam feitas ao longo do ano, R$ 15 milhões em novos recursos e R$ 1 milhão para equipar a Defesa Civil.

Em Paracambi, região Sul do Estado, a prefeitura também decretou estado de calamidade pública. No município, Antônio Barbosa, 70 anos, e Ederson da Silva, 14, morreram vítimas das chuvas.

Culpa — O secretário de Comunicação Social de Duque de Caxias, Haroldo Brito, responsabilizou Garotinho pelos problemas sofridos na cidade. Segundo o secretário, há três anos a prefeitura pede a drenagem dos canais que cortam os bairros mais atingidos, mas isso não foi feito pelo Estado. Ele disse ainda que serão cobrados do governador recursos para o atendimento das vítimas. “Vamos cobrar, queremos saber se ele não vai distribuir só para os afilhados políticos”.