Além disso, a terceira companhia de petróleo mundial em termos de capitalização de mercado anunciou uma redução, pela terceira vez em três meses, da quantidade de suas reservas de petróleo e gás.

A crise das reservas já havia provocado a queda do presidente, Philip Wats, e do diretor do setor de gás, Walter van de Vijver. Os dois pediram demissão em março, dois meses após a empresa reconhecer um corte brutal nas reservas da corporação.

A saída de Boynton coincide com o anúncio dos resultados de uma investigação interna sobre os erros no cálculo das reservas, de quase quatro bilhões de barris, o que provocou a revolta dos investidores, que perderam bilhões de dólares no valor das ações da Shell.

Esta supervalorização das reservas provocou um reviravolta na Bolsa de Londres e irritou os investidores, diante da perda de bilhões de dólares do valor das ações da Shell.

As reservas estão estimadas agora em cerca de 15 bilhões de barris de petróleo no final de 2002 - ou seja, quase 4 bilhões de barris a menos do que o previsto - e de 14,5 bilhões no final de 2003, o que significa 500 milhões de barris a menos.

O novo presidente da empresa, Jeroen van der Veer, assegurou que a investigação realizada internamente "colocará ponto final em uma etapa de incerteza", que abriu com o escândalo das reservas em nove de janeiro passado.

"Apesar das dificuldades nos últimos meses, a Shell é uma empresa sólida e rentável", garantiu Van der Veer.