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Prazo de invasão vence e Prefeitura não desocupa área
Vanessa Fajardo
Do Diário do Grande ABC
14/11/2008 | 07:00
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Venceu quinta-feira o prazo de 48h estipulado pela Prefeitura de Mauá para que o MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) desocupe voluntariamente o terreno público, na Rua Andirá, no Jardim Paranavaí, invadido há uma semana. Cerca de 200 famílias permanecem acampadas na área.

Em nota, a Prefeitura afirmou quarta-feira que se o movimento não cumprisse a notificação e não deixasse o terreno no tempo previsto, entraria com uma ação de reintegração de posse. Até quinta-feira não havia qualquer registro do gênero no Fórum de Mauá.

O secretário de Habitação de Mauá, Altivo Osvando Júnior, foi procurado para comentar quais serão as próximas ações da Prefeitura mas não se pronunciou.

A líder do MTST, Daniela Damaceno Rodrigues, disse que os manifestantes só deixarão o local mediante proposta da Prefeitura, independente de ações judiciais. "Saímos pacificamente da outra invasão (no Jardim Olinda, no fim de março, também em Mauá) para uma paróquia com a promessa de moradia definitiva, mas nada foi feito. Não queremos ser intransigentes, mas desta vez só desocuparemos a áre mediante uma resposta concreta."

Aproximadamente 430 famílias participaram da ocupação no Jardim Olinda. Aos que não possuíam renda, auxílio do INSS, e moravam há mais de dois anos em Mauá, a Prefeitura ofereceu uma bolsa-aluguel no valor de R$ 200 mensais. No total, 49 famílias tinham direito ao auxílio, mas 21 não foram contempladas porque não entregaram todos os documentos, segundo a secretaria de Assistência Social. "Excluíram todo mundo que tinha renda informal. Uma mulher que vendia churros não pôde ser beneficiada. Um absurdo", reclama a líder Daniela.




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