Os dados são baseados em pesquisa realizada pela Delegacia Regional da Receita Estadual para o Diário. Os números nominais da arrecadação entre 1998 e setembro do ano passado foram convertidos em valores de 2001 com base no indexador IGP-DI, da Fundação Getúlio Vargas. O trabalho foi executado pelo coordenador da Escola Superior de Administração Strong, de Santo André, e professor da Universidade Católica de Santos, Kerginaldo Tomio Yamashiro.
O secretário de Finanças de São Bernardo, Eurico Leite, afirmou que, por conta do crescimento e dos investimentos realizados desde 1997, a participação de comércio e serviços, que até 2000 estava restrita a 7% do ICMS da cidade, deve saltar para 17% ou 18% em 2001, ano em que as empresas do setor devem crescer 5,7% em valores reais, depois de descontada a inflação.
Leite atribui o resultado à chegada de empresas ligadas aos setores de alta tecnologia ou comunicações como Visanet, EDS e Edag, que vendem produtos de alto e rápido valor agregado; além de centrais de abastecimento de grandes redes que emitem notas ficais e recolhem impostos no município; e novas agências bancárias, grandes consumidoras de serviços de telecomunicações. Outro motivo é o aperto da fiscalização sobre estes mesmos serviços de telecomunicações.
O principal motivo para a queda do ICMS em comércio e serviços em Santo André foi a perda da conta descrita como serviços de comunicação. A participação deste segmento no volume de arrecadação caiu de 62% para menos de 0,1%. Em valores reais absolutos, a tributação caiu de R$ 146,4 milhões para exatos R$ 153.417.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.