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Lula defende que Irã tenha programa nuclear pacífico
Do Diário OnLine
23/11/2009 | 08:29
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Da AFP


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou nesta segunda-feira, em entrevista coletiva realizada junto do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, que o Brasil apoia o programa nuclear iraniano.

"Reconhecemos o direito do Irã de desenvolver o seu programa nuclear com fins pacíficos, com respeito aos tratados internacionais", declarou. Lula disse ainda que o País "sonha com um Oriente Médio livre de armas nucleares, como ocorre na América Latina".

O programa nuclear iraniano é polêmico, pois há países como França, Rússia e Estados Unidos, que temem o desenvolvimento de uma arma nuclear.

Ahmadinejad, por sua vez, chamou o presidente Lula de "bom amigo", agradeceu "pela calorosa recepção", e se mostrou favorável à pretensão brasileira de obter um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas).

No entanto, o iraniano disse que o modelo atual do conselho "fracassou", e que é necessária uma reforma que retire o poder de veto, hoje restrito a poucas nações.

"Acreditamos que o Brasil pode atuar como um ‘elo' entre o Irã e a América Latina", também declarou Ahmadinejad. Lula deve fazer uma visita ao Oriente Médio entre os dias 10 e 16 de março.

Agenda - A visita de Ahmadinejad, a primeira de um presidente iraniano, durou apenas um dia. Brasil e Irã assinaram acordos nas áreas de biotecnologia e nanotecnologia, cooperação agrícola e energética, além de intercâmbio cultural. Ele participou de encontro com os presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado, porém o debate previsto no IESB (Instituto de Educação Superior de Brasília) foi cancelado, devido a atrasos na agenda do presidente.

Protestos - Ahmadinejad é alvo de protestos contra e a favor de sua presença no Brasil. Cerca de 100 manifestantes estiveram hoje em Brasília.Entre os favoráveis, estão os que criticam o chamado imperialismo norte-americano e apreciam os governos do venezuelano Hugo Chávez e do boliviano Evo Morales.

Já o grupo dos que são contra a visita é formado por representantes da comunidade judaica, já que Ahmadinejad afirmou anteriormente que o Holocausto "não existiu". Também protestaram contra a presença do iraniano defensores dos gays, lésbicas e feministas.

 




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