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A revolução da mobilidade já chegou
Do Diário do Grande ABC
20/10/2021 | 23:59
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Parte considerável da economia global depende do transporte de produtos e das pessoas para girar. Segundo dados do Oliver Wyman Forum, até 2030 o mercado mundial de mobilidade vai crescer cerca de 75%, saindo de US$ 14,9 trilhões em 2017 para US$ 26,6 trilhões em 2030. É preciso conectar a ideia de mobilidade aos meios de transportes, mas também levar em conta aspectos como o planejamento urbano, a sustentabilidade, a tecnologia, a segurança e a saúde. Nas rodovias, observamos demanda por novas soluções que impactam o fluxo de veículos de forma positiva. A passagem automática em pedágios foi movimento contundente de mudança e que vem transformando o setor, à medida em que pessoas ganham tempo com o pagamento rápido. Também ganha importância a adoção do sistema de pedágio free flow, em que a tarifa é cobrada proporcionalmente à distância percorrida, sem a necessidade de praças físicas. No Estado de São Paulo há três projetos de free flow sendo testados: em Campinas, Jundiaí e Mogi Mirim.


Já no perímetro urbano, tendências são ainda mais abrangentes. As pessoas querem escolher mais de um modal para seus trajetos e precisamos pensar na experiência de MaaS (Mobilidade como Serviço) de forma modular. Em vez de cobrir toda a viagem de casa para o trabalho, o consumidor pode utilizar alternativas para pequenos trajetos, como ir de uma estação de Metrô até o ponto de ônibus, por exemplo. É aqui que a MaaS pode ter mais capilaridade, com série de possibilidades com bicicletas, patinetes, scooters, novas rotas de transporte público, aplicativos de táxi e veículos compartilhados. Já existem apps que mostram o horário em que a linha de ônibus vai passar em determinado ponto, o que dá ao cidadão mais autonomia para se programar. A MaaS também vale para carros, com soluções como a Zona Azul digital, vagas inteligentes, serviços de telemetria, assinaturas de veículos e todo ciclo de consumo de serviços relacionados ao carro, incluindo itens financeiros como seguros, pagamento de tributos, leasing, consórcio, compra e venda, documentação digital.


Do ponto de vista de sustentabilidade, o carro elétrico também se mostra como tendência em ascensão, bem como a ‘não mobilidade’, por meio da adoção massiva do trabalho remoto, do ensino a distância, da telemedicina e do consumo de entretenimento via plataformas de streaming. O setor privado tem série de oportunidades de pensar em soluções para jornada de mobilidade personalizada, de forma multimodal, com base em preferências de tempo, preço, conveniência e privacidade, e tornar a mobilidade vetor do desenvolvimento urbano, social e econômico de forma genuína e sustentável.

André Turquetto é diretor-geral da Veloe, unidade de negócios da empresa Alelo.


PALAVRA DO LEITOR

De volta
O retorno do bravo guerreiro! Quão boa notícia! Lemos neste Diário que Sérgio Vieira está de volta (Política, dia 19)! Com certeza, as páginas diárias deste Diário nos indicarão novos caminhos fecundos, que vão desde a Copa do Mundo até a inspiração do (livro) Raimundos (O Show que Nunca Terminou). Deus o abençoe ricamente.
Wilma Maria Moraes e Erasmo Assumpção Filho, Santo André


Podre poder
A regra em política é meter a mão nos cofres públicos. Uma vez político, político para sempre. Ninguém quer soltar as ‘tetas’ públicas. Se dizem que ladrão bom é ladrão morto; político bom é político na cadeia. O Estado brasileiro é sui generis, a semana tem oito dias: domingo, segunda, terça, quarta, quinta, sexta, sábado e amanhã. O amanhã é o dia mais importante de todos. É o dia em que são resolvidos todos os grandes problemas nacionais. O amanhã, tal como o Natal, é a data máxima da política brasileira. Outra predileção de nossa política é a promiscuidade de nossos poderes. Ao invés da harmonia e interdependência entre os poderes, impera a ousadia no lugar da harmonia e a independência no lugar da interdependência.
Bilac de Almeida Bianco
São Caetano


Calçadas perigosas
Interessante a reportagem de Arthur Gandini neste nosso glorioso Diário sobre problemas nas calçadas (Setecidades, dia 18). Além de buracos e mau estado de conservação, em muitos bairros, devido à topografia acidentada do terreno, as calçadas, em desníveis, são cheias de degraus nas divisas de um lote para o outro. Sem contar que em alguns pontos são estreitas, obrigando o pedestre a caminhar pelas ruas ou avenidas, com o risco de serem atropelados. Infelizmente, a responsabilidade é do proprietário do imóvel e a prefeitura apenas fiscalizar, desde que receba alguma denúncia de munícipes. A legislação deveria ser mais rígida e adotar calçamento padronizado para os municípios.
Arlindo Ligeirinho Ribeiro
Diadema


Lava Jato
A Nação assiste estarrecida à final de um gran teatro da Ilha da Fantasia, verdadeiro palanque eleitoral de coronéis do asfalto e aprendizes de feiticeiro. Uns e outros não desejam retorno de segunda instância. Por que será, hein? Mais de 1.500 dossiês de governadores e prefeitos mofam na PF (Polícia Federal), enquanto certas ‘autoridades’, representantes de entidades, se digladiam, ocupando tempo-espaço, criando polêmica, entrando em seara alheia, deixando todos os seus povos a ‘escanteio’, perdendo votos e confiança de fiéis.
José Carlos Soares de Oliveira
São Bernardo


Temente
Em que pese a responsabilidade daqueles cujas formações são para orientação espiritual dos diversos ramos religiosos, digo que o governo tem muitos ao seu redor. Alguns se valem da ‘fama’ para adentrar ao Palácio e até estarem em palanques importantes. Faladores, que volta e meia aparecem na mídia, entusiasmados, cobrando atitudes de parlamentares, criticando políticos e jogando pedras em muita gente. Omitem sua função natural e agridem área estranha à sua formação original. Outros, também guias religiosos, acomodam-se em suas cadeiras e gabinetes, que lhes dão prestígio e à denominação que lideram. Esses homens são os grandes responsáveis de o temente presidente estar sendo desviado do caminho inicial, que é trilhar pela fé que acumulou com o episódio da facada. Recentemente outro evento não destinado ao culto ao Deus Vivo também alçou o mandatário nacional. Tudo desgastando a ideia sublime do ‘Deus acima de todos’. Lema que dá grande esperança ao povo brasileiro que deseja o bem do Brasil. Lamentável.
Samuel Oséas Braga
São Bernardo
 




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