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Sem diálogo com a EMTU, gestão Filippi vislumbra integração própria

Governo projeta já para 2021 itinerários que liguem Diadema à Capital

Por Raphael Rocha
Júnior Carvalho
Do Diário do Grande ABC
12/10/2021 | 00:43
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Divulgação/PMD


O governo do prefeito de Diadema, José de Filippi Júnior (PT), tem projetado iniciar ainda neste ano a implantação de linhas intermunicipais que liguem o município à Capital. A ideia é uma resposta à resistência da EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) em negociar o fim da cobrança da integração nos terminais da cidade.

Ao Diário, o secretário José Evaldo Gonçalves (Transportes) revelou que o município colocará em operação a alternativa “entre o fim deste ano e o início de 2022”. A ideia é a de que sejam construídos outros terminais para os itinerários. Segundo o secretário, o processo está em fase de análise do espaço físico que abrigará a estação, além das avaliações sobre as viabilidades técnicas do projeto, como a questão da disparidade das tarifas e das diferenças das duas cidades do formato da integração. Além de a passagem em Diadema ser mais cara – R$ 4,65, contra R$ 4,40 na Capital –, a baldeação diademense é mais restrita do que a praticada em território paulistano. Em Diadema, o cartão Sou (Sistema de Ônibus Urbano) permite apenas um outro embarque – após o pagamento da primeira passagem – nas linhas municipais no período de 50 minutos, enquanto que o Bilhete Único dá direito a três novas viagens no intervalo de três horas. “O desafio (de implementar a ideia) implica fazer estrutura física mínima, além de ter de existir um validador comum que consiga operar a integração. O validador e o formado de remuneração (entre Diadema e Capital) são diferentes. Do ponto de vista de tecnologia não é complicado. Mas (é preciso encontrar convergências) sobre os valores e o tempo de integração”, frisou Evaldo, ao citar como necessária a análise sobre a capacidade financeira do município para arcar com possíveis subsídios.

A construção de outros terminais e a implantação de linhas próprias que liguem Diadema à Capital são alternativas projetadas por Filippi para esvaziar os terminais da EMTU depois de a empresa se recusar a debater o fim da cobrança da integração nos terminais Diadema e Piraporinha. A gestão petista tem se debruçado para encontrar soluções porque a retirada das catracas foi uma das principais promessas de campanha de Filippi no pleito do ano passado e o fracasso pode dar dores de cabeça em uma possível reeleição.

Atualmente, o usuário tem de acessar os terminais da EMTU, no Centro, para embarcar nos trólebus e ir até a Capital (Estação Jabaquara, Linha 1-Azul do Metrô).




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