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Reforço policial garante áz na final
Edélcio Cândido
Do Diário do Grande ABC
23/12/2001 | 21:59
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A polícia não deu trégua e garantiu a decisão sem problemas em tarde de muita chuva no Estádio Anacleto Campanella. Para isso, foi montado uma verdadeira operação de guerra formada por aproximadamente 1.500 policiais, além de homens da cavalaria. A 2ªTropa de Choque de São Paulo, sob o comando do Capitão Gonzales, trouxe 600 PMs fortemente armados – 400 para trabalhar fora do estádio e 200 dentro do estádio. O 4º BPM de São Caetano, do Capitão Valente, foi distribuído em vários setores com 190 homens.

“Creio que tudo vai correr bem, há PMs por toda a parte”, disse o soldado Vassalo, de São Caetano. A Roncam (PMs com inúmeras motos) e mais o efetivo do Corpo de Bombeiros, além de oito ambulâncias (mais quatro de reservas), formaram um frente sólida contra quem quisesse fazer badernas. Vários cambistas foram autuados com ingressos.

O Capitão Gonzales, sob chuva, dizia. “É um efetivo respeitável, digno de uma decisão no Morumbi. Por isso, estamos tranqüilos, sem problemas”. Pelo menos seis carros da Rota deram batidas o tempo todo ao redor do estádio. Na padaria defronte ao Anacleto era proibido vender bebida alcoólica.

A chuva que começou a cair às 13h não tirou o ânimo da torcida do Azulão. Em grupos ou isolados os torcedores começam a chegar ao estádio por volta das 11h. Muitos tingiram os cabelos de azul. Fábio Cassola, de São Caetano, trouxe um boneco japonês. “Ele joga beijinho, vamos rumo a Tokio”, disse. Wilsom, Marcos, Richard e Hélio se vestiram de árabes e apostavam na vitória por mais de dois gols. Bianca, Telma e Fernando se vestiram de azul em família, e chegaram bem cedo. Adalberto Gonçalves vestiu uma carranca do Hulk e dizia que seria 4 a 1 para o Azulão.

Sossego – A torcedora Maria Izabel, que mora defronte ao estádio, dizia ter orgulho do “azulão”, mas achou mais cômodo ver o jogo pela televisão. A maior reclamação de jornalistas que trabalharam na decisão era que faltava orelhão telefônico no estádio. “Como podem liberar um estádio para uma decisão que não há orelhão sequer”, dizia um repórter paranaense. Os torcedores paranaenses vieram em 45 ônibus e cerca de 17 peruas Vans em viagem de cerca de 12 horas de Curitiba a São Paulo.




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