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Ex-segurança de Velasquez cobra dívida trabalhista na Justiça
Marcos Palhares
Do Diário do Grande ABC
19/04/2004 | 22:34
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O prefeito Ramon Velasquez (PT), de Rio Grande da Serra, está sendo cobrado na Justiça, através de ação trabalhista, por supostas verbas rescisórias não pagas, no valor máximo de R$ 50 mil. Ele é acusado de dispensar o segurança pessoal Ronaldo Carlos da Silva, que atuou durante a campanha de 2000, sem acertar suas contas. Velasquez conseguiu vitória parcial em primeira instância na Vara do Trabalho de Ribeirão Pires, em outubro de 2002, mas a defesa de Silva recorreu da sentença e o caso está agora no TRT (Tribunal Regional do Trabalho) de São Paulo, sem prazo para nova decisão.

“Queremos comprovar o vínculo empregatício que Silva tinha informalmente com o prefeito, além do que existia oficialmente com a Prefeitura.”, comentou Andressa Santos, advogada do segurança.

Silva, que mora em Santo André, disse que foi contratado para ser segurança de Velasquez em 2000 (não sabe precisar o mês), e que recebia mensalmente R$ 275 da Prefeitura e outros R$ 1,2 mil por fora, sem comprovante, como complemento. “O registro na Prefeitura, como cargo comissionado, só foi necessário porque eu tinha que dirigir carro oficial do município. Os R$ 1,2 mil restantes quem pagava era o Cafu (Carlos Augusto César, ex-secretário municipal de Desenvolvimento Econômico e de Cidadania e Ação Social e atual pré-candidato à prefeito pelo PT)”, afirmou o segurança.

Depois de passar um tempo afastado por problema de saúde, Silva foi comunicado que seria dispensado, sem direito a receber nada. Ele teria trabalhado cerca de oito meses para Velasquez.

Conduta – Questionado sobre o assunto, o prefeito de Rio Grande da Serra evitou alimentar a polêmica. “Tudo o que tenho a dizer é que esse sujeito (Silva) foi dispensado por sua conduta, e que não devo nada a ele. Prova disso é que o juiz considerou a ação trabalhista totalmente improcedente, no julgamento em primeira instância”, frisou Velasquez. E emendou: “O problema é que ele (Silva) tem sido visto freqüentemente em companhia de nossos adversários políticos. É de se estranhar, por exemplo, o fato de ele ter entrado com a ação em 2002, ano de eleição, e retomar o assunto só agora, também em época de campanha política”.




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