Segundo o instituto, 75% destes casos afetam homens que mantém relações sexuais com outros homens.
A situação é especialmente problemática em Berlim e Hamburgo (norte), onde foram registrados, respectivamente, 18,1 e 12 casos em cada cem mil habitantes.
Em outras grandes cidades, como Frankfurt e Colônia, também foi observado o aumento da sífilis. Trata-se de um fenômeno registrado de forma concentrada em metrópoles, disseram os cientistas do instituto.
As maiores taxas de incidência da doença, transmitida sexualmente, foram detectadas nos estados federados de Berlim, Bremen, Baixa Saxônia, Brandemburgo e Hamburgo.
Este aumento de casos "provavelmente não deve ser interpretado como algo mais que um surto breve e temporário", destacou o boletim epidemiológico do Instituto Robert Koch. Entre as mulheres, destacou o Instituto, os casos de sífilis diminuíram 10% entre 2002 e 2003.
Mas, entre os homens que tiveram recaída nas infecções, se observa um claro aumento. Trinta e três por cento dos casos anunciados em Berlim, Hamburgo, Frankfurt, Colônia e Munique são de homens que voltaram a se infectar.
Ainda não é possível confirmar os temores de que o aumento de casos de sífilis possa repercutir negativamente nas infecções do HIV, causador da Aids, devido a lesões na mucosa genital. No entanto, o instituto informou que este crescimento deve-se, provavelmente, a um aumento no número de parceiros sexuais.
Oitenta e sete por cento dos contágios ocorrem na Alemanha, enquanto houve uma redução no número de pessoas que se contaminaram no exterior. Entre estes últimos, no entanto, a maior incidência ocorre entre homens que mantém relações heterossexuais com mulheres do leste europeu e da região dos Bálcãs.
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