A descoberta das centrais ocorreu quando os policiais tentavam identificar a origem das notas falsas e prender o homem que prestava suporte técnico e jurídico para Viana. Ele ainda não foi localizado. Ao todo, a polícia apreendeu seis aparelhos telefônicos, dois identificadores de chamadas, várias contas de telefone e documentos falsos.
A primeira central a ser localizada estava em uma casa na rua Pintassilgo, onde mora o falsário. No endereço, o rapaz mantinha alguns aparelhos telefônicos. Todos os documentos falsos estavam nesta residência.
Em seguida, os policiais seguiram para a rua Oiapoque. Em uma das casas mora a namorada de Viana, mas ela não tinha envolvimento com as centrais, apesar de lá terem sido apreendidos outros aparelhos telefônicos.
Na casa ao lado, vizinha de parede, os investigadores prenderam Antonia Aristides Marques, 48 anos. Ela mantinha em funcionamento o restante da central telefônica e outro identificador de chamadas.
Os equipamentos permitiam que ligações fossem repassadas para presos em cadeias e presídios da região, de São Paulo e de outros Estados. “Identificamos pelas contas de telefone ligações para Tremembé, Franco da Rocha, Piauí, Minas Gerais, Mato Grosso, interior de São Paulo e até para o Maranhão”, disse o chefe de investigação da Delegacia Seccional de Santo André, Armindo Franceschini.
Os responsáveis pelas centrais tinham uma lista com números de celulares de presos, que eram reconhecidos pelos identificadores de chamadas. Esses números estavam relacionados a outras centrais telefônicas, para onde as ligações eram transferidas. Essas novas centrais, da mesma forma, retransferiam a ligação para o celular de um preso.
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