Veit esteve revisando os arquivos da polícia política da ditadura paraguaia (1954-1989) onde constam provas da Operaçao Condor, de coordenaçao das atividades de repressao das ditaduras sul-americanas. Mas ele disse que nenhum dos documentos terá serventia se o Brasil nao rever o asilo dado em 1989 a Stroessner.

Desde o sábado, dia 27, juntou-se à tarefa o deputado Marcos Rolim, presidente da comissao de Direitos Humanos da Câmara. Os dois tentavam conseguir documentos que trouxessem esclarecimentos sobre três desaparecidos brasileiros que passaram pelo Paraguai e que ajudassem a fundamentar o pedido de revisao do asilo concedido a Stroessner.

"Vamos formalizar o pedido ao presidente da Câmara dos Deputados do Brasil para que solicite uma cópia microfilmada do Arquivo do Terror (cujo acervo está em 80% microfilmado) e acreditamos que dispomos de um conjunto de provas para seja revisto o asilo a Stroessner".

O advogado Augustino Veir acrescentou que tem uma cópia da declaraçao de um chefe torturador que admitiu que, "uma vez por mês, tinha entrevistas com Stroessner, me reportava a ele e recebia instruçoes. Ele me dizia: 'Você é um frouxo, quero mais açao' ".