A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, disse ontem que estuda com sua equipe de campanha a proposta de incluir a compra de eletrodomésticos e móveis básicos no programa habitacional Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.

"Isso pode ser bastante acessível, porque vamos comprar unidades em grande escala", diz a candidata, antes de gravar seu programa eleitoral de rádio e TV.
Segundo a presidenciável, não seria necessário aumentar o volume de recursos do programa.

Dilma apresentou sua política habitacional, que tem como base a segunda versão do Minha Casa, Minha Vida - já lançada pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O programa prevê um montante de R$ 71 bilhões, de 2011 a 2014, para a construção de 2 milhões de casas populares para famílias de baixa renda, sendo a maioria com renda de até 5 salários mínimos.

Segundo Dilma, as famílias não terão de pagar seguro obrigatório e as casas terão aquecimento solar, o que, conforme ela, reduzirá os gastos com a conta de luz. "Essa população não pode, de maneira alguma, arcar com o ônus de preço de mercado de R$ 40 mil mínimos, porque não tem condições de pagar", diz a candidata, acrescentando que 98% do déficit habitacional brasileiro atinge a população de baixa renda.

INVESTIMENTO
Outra linha do programa prevê R$ 44 bilhões por ano para financiar compra e reforma de casas para a classe média. Segundo Dilma, o valor é factível, porque, em 2009, foram disponibilizados R$ 34 bilhões. E até junho deste ano, a Caixa Econômica Federal aplicou R$ 22,8 bilhões, de acordo com a candidata. "Um governo é para todos e teremos uma política habitacional para as classes médias."

A petista também falou sobre a mais recente pesquisa de intenção de voto do Datafolha, na qual ela aparece com 41% da preferência do eleitorado, José Serra (PSDB), com 33%, e Marina Silva (PV), com 10%. "Acho que para ganhar as eleições não são as pesquisas que importam", afirma.