Filhos de italianos radicados na região, os amigos Luiz Ademir Giarolla, Aldo Rosa, Pedro Rocco e Marco Antônio Silva foram os fundadores da UVA, que tem entre seus objetivos o resgate das raízes italianas, mesmo em meio a uma cidade totalmente industrial como São Bernardo. “De 1877 até 1960, São Bernardo era tipicamente italiana, pois os imigrantes que vieram mantinham a tradição”, disse.
O grupo não tem sede. Cada um é responsável por sua produção, realizada normalmente em casa. Segundo Giarolla, a UVA compartilha apenas os custos: na compra das uvas que vêm da região de Caxias do Sul, no Sul do país, e materiais como garrafas e rolhas que garantam a qualidade na apresentação do produto. “As garrafas são uniformes, padronizadas, com rótulos”, disse.
De modo geral, cada integrante da UVA comercializa cerca de 80% de sua produção, e o restante ainda continua sendo para o consumo da família. Giarolla é um dos únicos que têm plantação em Monte Sião, Minas, de onde ele traz 30% da uva para sua produção – o restante vem do Sul. A família planta uvas desde 1923, começando em Jundiaí. Quando mudou para São Bernardo, em 1940, tiveram de passar a comprar nos mercadões municipais. “Este também foi um dos motivos pelos quais fundamos a União. Assim conseguimos trazer a uva do Sul e manter sempre a qualidade do vinho”, disse. O preço médio do vinho artesanal de mesa varia de R$ 4 a R$ 6 a garrafa e R$ 14 a R$ 20 nos garrafões, seja suave, seco, tinto ou branco.
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