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Discussão sobre bônus ao servidores fica para 2010
Paula Cabrera
Do Diário do Grande ABC
19/12/2009 | 09:04
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Celso Luiz/DGABC


Os 6.000 servidores da Prefeitura de Mauá deverão passar o Natal e o Ano-Novo sem bônus salarial de R$ 300. As reuniões entre o Sindserv (sindicato dos Servidores de Mauá) e a administração do prefeito Oswaldo Dias (PT) só serão retomadas em janeiro e, segundo o presidente da entidade, Jesomar Alves Lobo, não há data para definição do assunto. "Chegamos até a procurar o jurídico da Prefeitura para conversar, mas o secretário de Assuntos Jurídicos estava em viagem e não fomos atendidos ", disse.

O sindicato também buscou auxílio junto ao Legislativo da cidade para tentar agilizar o atendimento, mas sem sucesso. Segundo o presidente da Câmara, Rogério Santana (PT), e o líder de governo, Romulo Fernandes (PT), a falta de agenda compatível entre o Executivo e a entidade dificultou a situação. "Marcamos uma data logo após o aniversário da cidade, mas por problemas de agenda ela não aconteceu. Depois disso, ainda tentamos dois novos encontros, mas a discussão só deve ser retomada em 2010", explicaram os petistas.

Apesar do possível diálogo, a peça orçamentária enviada ao Legislativo não contabilizava o pagamento do bônus. Questionado, o presidente do sindicato descartou que o pagamento só ocorra em 2011. "Isso pode ser concedido a qualquer momento. Buscaremos o diálogo até o fim."

Procurada, a Prefeitura não se pronunciou sobre o assunto, mas Oswaldo e o secretário de Governo, José Luiz Cassimiro, já negaram as negociações sobre o pagamento mais de uma vez. PC

Em 2008, servidores conquistaram R$ 110 - O ex-prefeito Leonel Damo foi o último a conceder bônus salarial aos servidores de Mauá. Antes de deixar o poder, em dezembro do ano passado, o ex-gestor incorporou ao pagamento bônus de R$ 360 e concedeu mais R$ 110 para diminuir o déficit na folha de pagamentos.

O diretor do Sindserv (Sindicato dos Servidores de Mauá), Silvio Oliveira, avalia, no entanto, que o valor pago não reverteu a defasagem salarial.

Segundo ele, a reforma administrativa aprovada pelo prefeito Oswaldo Dias (PT), em janeiro, aumentou a discrepância entre os salários pagos na administração municipal. "Quem entrou em cargo de chefia tem recebido alto salário e quem trabalha mesmo, não recebe nada, não tem direito a nada", reclama o diretor. Ele diz ainda que comissionados e estatutários também tiveram vencimentos revistos pela administração.

Oliveira alerta que para ser realizado concurso público na cidade - conforme edital em preparação pela administração - é preciso acertar essa situação. "Tem muita coisa pendente que precisa ser ajustada antes do concurso. Isso tem de ser feito logo." A Prefeitura não se pronunciou sobre o assunto.

 

 




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