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Compra livre de energia ainda nao beneficia pólo
Fabiana Marinello
Da Redaçao
08/07/2000 | 17:35
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As empresas do Pólo Petroquímico de Capuava terao de esperar um pouco antes de poder escolher livremente o fornecedor de energia. Isso porque os contratos atuais das indústrias com a Eletropaulo Metropolitana vigoram até 2001 e até 2004, em alguns casos. A possibilidade de escolha do fornecedor está valendo desde ontem, quando a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) liberou os grandes consumidores de energia (quem gasta mais de 3 megawatts - o equivalente ao consumo de 7,5 residências) de negociar com qualquer uma das 64 fornecedoras do país.  

Segundo o coordenador do subgrupo de energia elétrica do grupo de sinergia do Pólo Petroquímico e responsável pela manutençao da OPP Polietilenos, de Santo André, Roberto Zaine, após o fim dos contratos o grupo poderá fazer negociaçoes conjuntas com as fornecedoras. "No pólo temos uma demanda de 150 mw e a compra conjunta poderia reduzir muito os nossos custos."  

Para o presidente da Associaçao Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), Paulo Ludmer, um dos riscos do consumo livre é a falta de garantia de preço e qualidade. "Na hipótese de falta de energia, como o acordo será bilateral, o consumidor nao terá a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que serve como um amortecedor entre o fato e a conseqüência." 

Apesar de poder escolher a compra da energia, os empresários nao terao como fugir dos recentes aumentos da energia elétrica (13,83%), gasolina (cerca de 10%), telefone (24,47%) e pedágio (13,87%). "As empresas vao sofrer um impacto maior ou menor, dependendo do ramo de atuaçao", comentou o professor e pesquisador do Instituto Municipal de Ensino Superior (Imes), de Sao Caetano, Antonio Joaquim Andrietta.  

Segundo ele, o repasse também vai depender de cada empresa. Mas Andrietta acredita que grande parte deverá absorver os reajustes. "Os impactos nao serao tao prejudiciais. Caso contrário, o governo nao teria permitido as elevaçoes dos preços."




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