Segundo o coordenador do subgrupo de energia elétrica do grupo de sinergia do Pólo Petroquímico e responsável pela manutençao da OPP Polietilenos, de Santo André, Roberto Zaine, após o fim dos contratos o grupo poderá fazer negociaçoes conjuntas com as fornecedoras. "No pólo temos uma demanda de 150 mw e a compra conjunta poderia reduzir muito os nossos custos."
Para o presidente da Associaçao Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia (Abrace), Paulo Ludmer, um dos riscos do consumo livre é a falta de garantia de preço e qualidade. "Na hipótese de falta de energia, como o acordo será bilateral, o consumidor nao terá a Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica), que serve como um amortecedor entre o fato e a conseqüência."
Apesar de poder escolher a compra da energia, os empresários nao terao como fugir dos recentes aumentos da energia elétrica (13,83%), gasolina (cerca de 10%), telefone (24,47%) e pedágio (13,87%). "As empresas vao sofrer um impacto maior ou menor, dependendo do ramo de atuaçao", comentou o professor e pesquisador do Instituto Municipal de Ensino Superior (Imes), de Sao Caetano, Antonio Joaquim Andrietta.
Segundo ele, o repasse também vai depender de cada empresa. Mas Andrietta acredita que grande parte deverá absorver os reajustes. "Os impactos nao serao tao prejudiciais. Caso contrário, o governo nao teria permitido as elevaçoes dos preços."
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