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Sophia Loren comemora 70 anos
Da AFP
16/09/2004 | 21:59
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A diva do cinema italiano Sophia Loren, que em sua longa carreira recebeu vários prêmios, celebrará no próximo 20 de setembro, seu aniversário de 70 anos.

A fama de mulher desinibida, que passou sua infância nos bairros pobres de Nápoles, eternizados em filmes clássicos dos anos 50 e 60, ultrapassou fronteiras, tornando-a a primeira atriz italiana a se impor na meca do cinema, Hollywood, onde ganhou dois Oscar.

Apesar de dizer que odeia comemorar seu aniversário, Loren concedeu várias entrevistas desta vez, ao contrário da francesa Brigitte Bardot, outro mito do cinema que na semana passada comemorou sete décadas na maior discrição.

Como homenagem à estrela, a tevê privada Canal 5 exibirá nos dias 20 e 21 de setembro o filme ‘La terra del ritorno’, do ítalo-canadense Jerry Ciccoritti sobre uma família de imigrantes italianos.

Em 2005, está prevista a estréia o mais recente filme de Sophia, dirigido por Lina Wertmueller, ‘Peperoni fritti e pesci in faccia’, um título que lembra outra das paixões da atriz: cozinhar.

Depois de ter protagonizado mais de 100 filmes, entre eles alguns memoráveis como ‘Duas Mulheres’ (La ciociara, 1960), de Vittorio de Sica, que lhe valeu o Oscar de Melhor Atriz, e ‘Um dia muito especial’ (1977), de Ettore Scola, no qual fez par com Marcello Mastroiani, vivendo um casal na época do fascismo, a diva napolitana se consagrou como estrela de primeiro escalão.

"Somente uma disciplina ferrenha pode retardar o envelhecimento. Para continuarmos belos temos que fazer muitos esforços, levar uma vida saudável. Me deito sempre cedo porque o sono antes da meia-noite é o mais importante", destacou a atriz, que nunca quis confirmar o recurso freqüente do bisturi, que lhe permitiria continuar a exibir profundos decotes e suas pernas.

A atriz, que confessou recentemente não saber fazer outra coisa que não seja cinema - "Tenho isso no sangue, é uma paixão que se repete a cada filme" - não esquece da sua infância difícil no bairro pobre de Pozzuoli, nos arredores de Nápoles, onde sua mãe, Romilda, "matava um leão por dia para manter as duas filhas", Sophia e Maria.

Sofia Scicolone, seu verdadeiro nome, chegou a Roma aos 15 anos em busca da sorte no cinema, acompanhada de sua inseparável mãe. Depois de ficar famosa em fotonovelas e fazer cursos de teatro, aceitou uma série de pequenos papéis em diferentes filmes, em 1950.

O poderoso produtor italiano Carlo Ponti, atualmente com 91 anos, o homem com o qual se casou mais tarde, fê-la assinar um contrato de sete anos, durante os quais protagonizou os maiores sucessos de sua carreira, como "O ouro de Nápoles (1954), de De Sica, no qual interpreta uma famosa pizzaiola, e ‘La bella campesina’ (1955), de Mario Camerini.

A estrela italiana, que tem dois filhos, Carlo e Edoardo, leva uma vida agitada e está sempre presente nos desfiles de moda de Armani e Valentino.

Mas neste sábado, "a grande dama do cinema italiano" viajará a Budapeste para assistir ao casamento de seu filho Carlo, diretor da Orquestra Sinfônica de San Bernardino na Califórnia (Estados Unidos) com uma violinista búlgara. Loren confessa que o melhor presente para seus 70 anos seria um neto.




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