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Justiça suspende eleiçao na associaçao da PM do Pará
Do Diário do Grande ABC
16/01/2000 | 18:45
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A eleiçao da nova diretoria da Associaçao de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Corpo de Bombeiros Militar do Pará virou caso de polícia e está na Justiça. A juíza da 15ª Vara Cível de Belém, Dahil Paraense de Souza, acatou um pedido de liminar, favorável a uma das seis chapas impedida de inscrever-se, determinando neste domingo a suspensao dos trabalhos.

Houve descontentamento entre os associados, que trocaram ofensas e ameaças. Até armas foram exibidas. Duas guarniçoes de policiais civis e militares foram chamadas no sábado pela manha na sede da entidade, no bairro do Marco, para evitar um confronto entre os integrantes das chapas que disputam o controle da associaçao e simpatizantes da atual diretoria, presidida pelo cabo Antonio Carlos de Moraes Cordeiro.

Segundo o cabo Gilmar Vicente da Silva, da chapa Refazendo, alijada da disputa, a associaçao está entregue a uma administraçao que se nega a prestar contas sobre o destino de R$ 1,8 milhao da contribuiçao dos associados, além de o presidente estar sendo acusado de enriquecimento ilícito. "O presidente quer completar o terceiro mandato consecutivo para praticar novas maracutaias", atacou.

O soldado Emanoel Mendes, candidato a presidente pela chapa Reintegraçao, exibiu um dossiê contra Cordeiro. "Ele tem um processo por estelionato e outros dois por apropriaçao indébita de verbas da associaçao correndo na Justiça". Mendes afirma que sua chapa é a mais prejudicada na eleiçao. "O Cordeiro indeferiu o registro e já prometeu me matar pelas denúncias que tenho feito."

O presidente da associaçao nao foi localizado para falar sobre a confusao. Um soldado integrante da atual diretoria informou que ele havia deixado o local da eleiçao antes da chegada da polícia e do oficial de Justiça. "O Cordeiro nao está nem aí para a histeria desse pessoal."




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