O TRE-RJ (Tribunal Regional Eleitoral do Rio de Janeiro) confirmou nesta quinta-feira a cassação do deputado federal Geraldo Pudim (PMDB-RJ) e a inelegibilidade, por três anos, dos ex-governadores fluminenses Anthony Garotinho e Rosinha Matheus, além do ex-presidente do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio Henrique Alberto dos Santos Ribeiro.

De acordo com ao Tribunal, cinco dos seis juízes votaram a favor da inelegibilidade do casal Garotinho. O único voto a favor de Anthony e Rosinha foi do desembargador Rudi Loewenkron. Já Geraldo Pudim foi cassado por quatro votos. Apenas foram contra a cassação os desembargadores Loewenkron e Maria Helena Cisne.

Segundo o TRE, o casal Garotinho e Pudim foram acusados de realizarem uma reunião política ilegal em Sapucaia (RJ), da qual os três teriam participado no dia 12 de setembro do ano passado. No encontro, segundo a Justiça Eleitoral, houve barganha de votos. O ex-governador Garotinho teria prometido asfaltar ruas do município em troca de apoio para o então candidato Geraldo Pudim.

Resposta - Por meio de sua assessoria de imprensa, Pudim disse que vai recorrer da decisão do TRE de cassar o seu mandato. De acordo com o deputado, a decisão teve “claro cunho político”.

Pudim alega que as obras em questão foram concluídas antes mesmo do período eleitoral, e outras um mês após as eleições, o que, na sua avaliação, não tiveram qualquer fim eleitoreiro, caso contrário todas teriam sido realizadas e concluídas durante o calendário eleitoral.

Na avaliação de Geraldo Pudim, independente do resultado, o julgamento político a ele imputado, assim como ao ex-governador Anthony Garotinho e à ex-governadora Rosinha, “foi um ato covarde, um linchamento político imposto aos seus 272.457 eleitores”.

Em seu blog, o ex-governador Anthony Garotinho informou que recorrerá da decisão do TRE do Rio, e nega as irregularidades apontadas no processo.