Segundo relato feito pelas crianças a suas mães, Tamilson Souza Carvalho, 24 anos, pedia para que eles ficassem lendo o livro da catequese e depois pedia que deitassem em sua cama.

Tamilson trabalhava na Igreja dando aulas de catequese para crianças que desejavam ser coroinhas. Ele veio do seminário Frei Galvão, no Tatuapé, e morava há 9 meses na igreja, por autorização do padre Carlos Augusto Teles de Lima.

As mães contaram que o padre sabia o que ocorria nos fundos da Igreja, proibiu as crianças de relatar o caso afirmando que ele mesmo tomaria providências. Quando o padre se reunia para decidir o que faria em relação ao caso, uma das famílias chamou a polícia, que prendeu Tamílson enquanto ele tentava fugir.

Uma das crianças molestadas afirmou que quis sair do curso de catequese após a chegada de Tamilson, mas não teve coragem de contar para sua mãe o motivo. “Eu não sabia se isso acontecia com as outras crianças”, disse o menor. “Eu falei para o padre para saber se ele (Tamilson) vinha fazendo isso com meus colegas”, disse o menino, que não foi identificado.

O seminarista foi levado para o 33º Distrito Policial, em Pirituba, onde o delegado Edmundo Franco, depois de ouvir os menores, o indiciou por atentado violento ao pudor e solicitou sua prisão provisória.