Representantes da empresa Fênix foram convocados para depor Nesta segunda, às 16h, à CPI (Comissao Parlamentar de Inquérito) instaurada na Câmara de Santo André para investigar os contratos do presidente da Casa, Israel Santana (PFL). A empresa Fênix foi a ganhadora da licitaçao para troca de forro e substituiçao das luminárias do Legislativo. A comissao apura ainda irregularidades na compra de um painel eletrônico. Segundo o presidente da CPI, vereador Luiz Zacarias (PTB), as investigaçoes da comissao devem ser concluídas até dia o 25.

A CPI detectou atestados de capacitaçao técnica falsos apresentados pela Fênix. A irregularidade foi verificada por meio de depoimento dos donos das empresas que forneceram os atestados. A Fênix pode ser desclassificada da licitaçao por documentaçao incompleta.

Em depoimento prestado em novembro do ano passado, os donos das empresas NT Corretora de Seguros, Cláudio Dargevitch, e Catalina Serviços Empresariais, Marcos Antonio Bolonhez, nao reconheceram a assinatura dos atestados.

De acordo com os membros da CPI, a empresa que ofereceu o menor preço, a Tecnopres, foi desclassificada por nao ter apresentado atestado de capacitaçao. Agora a Fênix foi convocada para esclarecer os atestados que a CPI suspeita terem sido forjados, pois os dois continham endereços falsos.

A duas empresas que forneceram os atestados, ambas de Santo André, sao localizadas no mesmo endereço: avenida Dom Pedro II, nº 1.641. O atestado da NT Corretora de Seguros, emitido em 15 de novembro de 1998, afirma que a Fênix realizou "reforma geral de nossa filial, à rua Nadir, 22 - Sao Caetano". A CPI solicitou e recebeu um ofício do diretor de Obras da Prefeitura de Sao Caetano, Iliomar Darronqui, afirmando que "nada consta sobre a existência da rua Nadir neste município".

O atestado de capacidade técnica da Catalina, de 4 de fevereiro de 1999, afirma que a Fênix "prestou serviços de reformas junto a nossa obra, à rua Aleixo Garcez Cunha, na cidade de Mauá".

Em resposta a uma solicitaçao da comissao, a diretora do Departamento de Obras Particulares e Parcelamento do Solo da Prefeitura de Mauá, arquiteta Rosângela Lima, afirma que: "Nao existe em nosso município o logradouro denominado rua Aleixo Garcez Cunha".