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Projetos do Executivo aumentam produtividade
Cynthia Tavares
Especial para o Diário
22/05/2011 | 07:59
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Quem analisa a produtividade da Câmara de Ribeirão Pires se depara com um quadro, no mínimo, interessante. A quantidade de projetos enviados pelo Executivo. Desde janeiro de 2009 até abril deste ano foram 263 proposituras.

Comparado com outras cidades, o número chama atenção. Durante todo ano de 2010, o prefeito de Santo André, Aidan Ravin (PTB), enviou 51 projetos, enquanto, no mesmo período, o chefe do Executivo em Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), mandou 110 textos, ou seja, mais do que o dobro. "Me preocupo com a organização da cidade. Por ter sido legislador (Volpi foi deputado estadual e vereador), sempre valorizei o Legislativo e sempre mantenho contato com os parlamentares", disse o verde.

Como exemplo, ele aponta envio de projetos para firmar convênios com governos estadual e federal. "A lei orgânica me permite realizar parcerias sem autorização da Câmara, desde que não prejudique os cofres públicos. Mas, mesmo assim, sempre envio a proposta", considerou.

Nesse caso específico, um detalhe importante faz toda diferença. A profissão de Volpi. Antes de se eleger vereador pela cidade de Mauá, na década de 1980, ele era professor de matemática. "O fato de ter lecionado me permite uma desenvoltura maior e me faz ter consciência da produtividade", analisou.

Para o presidente da Câmara, Gérson Constantino (PV), a didática imposta por Volpi nas tratativas do projeto é o grande diferencial. "Ele tem instinto de professor e é muito inteligente. Sempre está ligado a tudo", considerou. O parlamentar destacou que quantidade de projetos enviados é "acima da média".

Enquanto os números relacionados ao Executivo na Câmara chamam atenção positivamente, o mesmo não se pode dizer do volume apresentado pelos vereadores. A média anual é de dois projetos por parlamentar - foram 19 em 2009 e 23 no ano passado. "O desempenho tem se destacado em atendimento, porque melhorou bastante. Os parlamentares fazem mais requerimentos e indicações", defendeu.

Já o oposicionista Saulo Benevides (PV) salientou a limitação do mandato. "O vereador é restrito. Todo projeto relevante que desejamos apresentar não temos competência, pois geralmente é inconstitucional por vício de iniciativa", explicou.




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