O primeiro-ministro israelense Ariel Sharon advertiu neste domingo aos palestinos que "se a calma não reinar em Israel, também não reinará em Gaza", em um discurso que não pôde pronunciar ante seu partido devido a um problema no microfone, mas que foi divulgado aos meios de comunicação.

Devido a esse problema técnico, Sharon não pôde intervir ante o comitê central do Likud, reunido em Tel Aviv para eleger o homem que liderará as fileiras conservadoras nas próximas eleições legislativas.

"Se a calma não reinar em nossa casa, também não reinará em Gaza", enfatiza o discurso de Sharon, enquanto o exército israelense retomou os ataques aéreos contra objetivos de Gaza em resposta às dezenas de foguetes disparados da Faixa de Gaza com direção ao sul de Israel.

Momentos antes, o dirigente do Hamas na Faixa de Gaza, Mahmud Zahar, anunciou que o movimento islamita palestino decidiu pôr fim a seus disparos de foguetes contra Israel.

"O Hamas anuncia que suas operações a partir da Faixa de Gaza cessaram", declarou Zahar durante uma coletiva de imprensa.

O dirigente do movimento radical islâmico explicou que o Hamas tomou essa decisão com a intenção de levar em conta os interesses do povo palestino e de acordo com seu compromisso de respeitar uma trégua de fato em seus ataques antiisraelenses até o final de 2005.