Economia Titulo Paralisação de 24 horas
Greve de bancários da Caixa afeta agências do Grande ABC

Funcionários reivindicam melhores condições de trabalho e são contra a abertura de marcado da Caixa Seguridade

Flavia Kurotori
Do Diário do Grande ABC
27/04/2021 | 12:14
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André Henriques/DGABC


Atualizada às 15h10

 A greve dos bancários da Caixa, anunciada inicialmente pelo Sindicato dos Bancários de São Paulo, Osasco e Região, porém adotada nacionalmente, afeta o funcionamento de 35 das 60 agências do Grande ABC. A paralisação começou à meia-noite desta terça-feira (27) e terá duração de 24 horas. A categoria reivindica melhores condições de trabalho, sobretudo na aplicação de medidas contra a Covid-19, e o pagamento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados) social, além de ser contra a abertura de capital da Caixa Seguridade, o que está programado para a próxima quinta-feira (29).

Decisão liminar do TST (Tribunal Superior do Trabalho) garantiu que 60% dos funcionários continuassem trabalhando nesta terça-feira. Portanto, a paralisação é de aproximadamente 40% dos trabalhadores. A proporção segue o que a lei diz sobre o direito à paralisação. Em contrapartida, a Caixa deve garantir meios de prevenção à Covid-19, como fornecimento de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) aos empregados que precisam comparecer presencialmente nas agências. O Sindicato dos Bancários do ABC estima que 30% dos 1.100 trabalhadores da região cruzaram os braços hoje.

Outra reivindicação é a vacinação prioritária dos bancários, já que integram serviço essencial à população. "Atendemos, no último ano, além da alta demanda já existente na Caixa, por volta de 70 milhões de brasileiros que buscaram o auxílio emergencial. O grande aumento na procura por atendimento nas agências trouxe consigo milhares de casos de contaminação pelo coronavírus aos nossos colegas,inclusive alguns casos de óbito", apontou Jorge Furlan, diretor do Sindicato dos Bancários do ABC.

Sobre o IPO (Oferta Pública Inicial, em inglês), ou seja, a estreia da Caixa Seguridade na bolsa de valores, o dirigente afirma que a Caixa deve se manter 100% pública. Em relação à PLR social, os funcionários têm direito a 4% do lucro dividido linearmente entre eles. No entanto, o banco pagou o equivalente a apenas 3%, faltando R$ 1.600 para serem quitados.

Em nota, a Caixa afirmou que está realizando a "maior operação de pagamento de benefícios sociais da história". O banco público complementou que está participando da mesa permanente de negociação com as representações sindicais. Além disso, até às 13h, registrou cerca de 400 mil atendimentos em todo País, mantendo o atendimento regularmete.




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