Política Titulo Editorial
Preservar o passado
Do Diário do Grande ABC
29/03/2021 | 09:35
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O desenvolvimento não pode parar, porque dele depende o progresso e até mesmo a sobrevivência da humanidade. Mas também não se pode mirar o futuro sem olhar e preservar o passado, que serve para mostrar como foi a trajetória e a importância da ação do homem ao longo do tempo para transpor barreiras em todos os campos, da agricultura à infraestrutura, do trabalho manual à robotização, dos chás e ervas medicinais a medicamentos para quase todas as doenças.

Enfim, o desenvolvimento deve ter como premissa buscar caminhos para melhorar processos que possam transformar para melhor a vida de todos que habitam a Terra, sem esquecer que a proteção do meio ambiente e da história fazem parte desse contexto.

Obviamente não é simples resolver essa equação, porque o jogo de interesses que envolve o futuro nem sempre está voltado a garantir o exemplo que vem do passado. No Brasil, sobretudo, o que se vê normalmente é descaso total para com o que faz ou fez – muito já se destruiu em nome do progresso – parte da história que construiu o País desde o seu descobrimento.

Mas ainda há esperança, como mostra reportagem de hoje deste Diário sobre projeto que traça a restauração do Pátio Ferroviário da Vila de Paranapiacaba, importante marco do desenvolvimento de São Paulo, a partir da construção da linha férrea que ligava o Planalto ao Porto de Santos para escoar a produção de café e outros produtos, além de transportar passageiros ao Litoral.

A iniciativa para recuperar esse monumento histórico envolve a Prefeitura de Santo André, dona da vila que abrigou os ingleses que construíram a ferrovia, e a MRS Logística, que opera o transporte de cargas pela linha férrea e que patrocina a restauração. Tanto a administração municipal quanto a empresa têm investido na preservação da localidade, principalmente com o objetivo de fomentar o turismo sustentável e garantir trabalho e renda para os habitantes. Assim, marcas do passado ficam guardadas para que as futuras gerações possam conhecer os caminhos trilhados.




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